Rato entra em roupa e morde menino de 9 anos em escola pública no ES
Um menino de nove anos foi mordido por um rato em uma escola da rede pública de Vila Velha, na Grande Vitória (ES). Ele estava com os colegas no pátio da unidade, num momento de oração, quando o roedor entrou em sua bermuda e o mordeu.
Em entrevista à TV Gazeta, afiliada da Rede Globo, o menino declarou que não sabia, no começo, que o animal era um rato. "Começou a ficar se mexendo assim aqui dentro, aí eu tentei reagir para tirar, mas eu não consegui. Aí alguém me puxou para trás e o rato saiu e me mordeu".
Assim que viram as marcas na parte de trás da coxa do estudante, funcionárias ligaram para a mãe do menino, contando que a criança havia sido "picada por algum animal". O caso ocorreu na quarta-feira (27).
"Eu achei, quando elas falaram, que se tratava de uma picada de algum bicho, tipo um inseto. Mas não pensei que fosse mordida de rato", disse em depoimento à emissora.
A mãe decidiu levar a criança até a Unidade de Saúde de Jardim Colorado, mas o médico teria dito que não seria necessário tratamento. "Ele pediu que esperássemos 10 dias para ver se o menino ia ter febre ou alguma reação. E receitou apenas um remédio para febre, caso ele tivesse", declarou.
A mãe decidiu então procurar outra opinião. Foi quando uma médica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Riviera da Barra disse que o menino precisava tomar soro antirrábico. A partir daí, a família visitou mais de quatro unidades de saúde, mas não encontrou soro.
Uma tia da criança chegou a se oferecer para comprar as doses do soro antirrábico, mas não encontrou o medicamento em farmácias. A família acredita que o ferimento piorou desde quarta. O garoto disse que o machucado não estava doendo, mas que começou a incomodar depois.
O menino diz agora que tem medo de retornar à escola. Segundo a mãe, outras crianças também estão com medo de ir para a escola porque não querem ser mordidos por ratos.
Em nota, a Secretaria de Educação lamentou o ocorrido e informou que o aluno recebeu "atenção pedagógica e médica" assim que o fato, "extremamente incomum", aconteceu.
"Ele está em observação e os pais foram orientados a retornar à unidade de saúde caso haja necessidade. Importante ressaltar que a escola passou por serviço de desratização nesse mês de julho e uma nova ação está prevista para o mês de outubro", declarou o órgão.
"No entanto, a empresa já foi acionada para realizar o serviço antes. Assim como o bairro já recebeu desratização nas ruas em torno da escola. Foram tratados com raticidas 54 bueiros e a equipe retornará ao local na semana que vem para fazer novamente o repasse", informou a Secretaria de Saúde.
O órgão alega ainda que, de acordo com o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde, roedores urbanos, como ratos, são considerados animais de baixo risco de transmissão de raiva. "Assim, não é necessário indicar tratamento profilático com soro e/ou vacina da raiva em caso de acidentes causados por eles".
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