Idosos de 76 e 92 anos se apaixonam em abrigo e se casam: 'Emocionados'
Dois aposentados provaram que o amor não tem idade e resolveram se casar em um condomínio social em Caçu, em Goiás. Maria Gentil, 92, e Sebastião Valim, 78, celebraram o matrimônio na quinta-feira (28) após quatro meses de namoro, contou ao UOL a secretária municipal de Ação e Promoção Social, Sandra Ribeiro. Segundo ela, Maria mora no abrigo desde 2012 e Valim está lá desde 2015 e a oportunidade de se casarem dentro de onde moram os deixou "muito emocionados".
A secretária afirmou que, quando eles se conheceram, a idosa ainda era casada. Quando ela ficou viúva, Valim começou as "investidas".
"Quando Maria ficou viúva, Valim disse que passava sempre na porta, dava uma olhada e tentava puxar uma conversa, mas ela vivia muito reclusa, dizendo que tinha medo dele".
Ele insistia, mas sem sucesso. "Ele tentava puxar conversa e ela sempre recusava. Ele passava para cá, passava para lá e sempre dizia: 'Um dia vou namorar a Maria'. Ela então respondia para ele namorar outra mulher que vivia na vizinhança", disse Sandra. A insistência só continuava: "Não, eu quero e gosto de você", falava o aposentado, de acordo com a secretária.
Até que um dia Maria começou a se abrir à possibilidade de o conhecer. "Ele combinou com ela de fazer uma visita um dia, mas chegando lá Maria não abriu alegando que a neta estava em casa. Na outra tentativa, ele pediu para ela deixar o portão para ir lá à noite. Aí ele chegou, bateu e ela não abriu. Foi assim que começou, com as investidas dele, tentando conversar e devagarinho ela foi deixando".
As regras do local fizeram ele recuar sobre uma possível mudança para a casa dela, tanto que teve de falar sobre o assunto com a coordenadora do Creas (Centro de Referência de Assistência Social). "Ele viu que poderia ficar feio morar com ela na visão dos outros moradores e achou que aquilo não estava correto. Ele então conversou com a coordenadora do Creas, revelou o sentimento deles e da vontade de estarem juntos"
Antes da mudança, ele queria algo especial: uma bênção da igreja para oficializar a união para que, segundo ele, a mudança não fosse algo de "pouca vergonha em um espaço de respeito".
"A coordenadora do Creas e a equipe fizeram algo simples pois não podíamos dispor de muito gasto. Organizamos de forma básica, coletamos as flores da festa do jardim e não tivemos custo com os enfeites. Foi muito lindo e o casal ficou muito emocionado".
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