Motorista que caiu no Portão do Inferno em maio recebe alta: 'Pior passou'
Daniel Francisco Sales, 65, motorista de um caminhão carregado com galões de água que caiu no Portão do Inferno, recebeu alta do hospital ontem. O local do acidente é um precipício de 75 metros de altura na MT-251, na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.
Ele estava internado há três meses no Hospital Municipal de Cuiabá, passando por seis cirurgias, entre elas quatro cirurgias ortopédicas, uma cirurgia para reparar a fratura na mandíbula, uma cirurgia para enxerto e 66 sessões em câmara hiperbárica.
Por meio da assessoria do hospital, ele agradeceu pelos cuidados recebidos.
"Ir para a casa é a melhor coisa do mundo. Eu não esperava ficar tão bem, estou sem palavras para expressar minha emoção por estar vivo e recuperado. À administração da unidade hospitalar e aos profissionais da saúde recebam minha eterna gratidão".
Na época do acidente, os envolvidos no resgate se surpreenderam por ele ter sobrevivido. Agora, o caminhoneiro já pensa em encontrar os socorristas para agradecer.
O pior já passou. Estou transbordando felicidade, se eu pudesse gostaria de estender minha relação com os profissionais da saúde fora do hospital, espero um dia encontrar com todos para conversar e externar meu carinho para com eles.
Após a recente alta, Francisco espera voltar logo ao trabalho, mas terá de voltar ao hospital para prosseguir com o tratamento. "Ainda tenho algumas limitações, estarei finalizando a minha recuperação em casa, mas com acompanhamento médico. Tenho que continuar com as sessões na câmara hiperbárica".
Paulo Rós, diretor-geral ECSP (Empresa Cuiabana de Saúde Pública) explicou que as sessões na câmara hiperbárica foram essenciais para evitar sequelas. "Além das múltiplas fraturas e escoriações que ele sofreu, o agravante foi à fratura exposta do pé, fator este que necessitou das inúmeras sessões da câmara hiperbárica".
A câmara usada pelo motorista auxilia no tratamento de corpo inteiro para tratar e reabilitar uma pessoa. Grandes atletas, como Hulk e Cristiano Ronaldo, utilizam o equipamento médico que permite respirar oxigênio puro dentro de uma câmara, ajudando na reparação dos tecidos. Os defensores do tratamento acreditam que a circulação sanguínea aumenta e melhora o sistema imunológico, diminuindo a fadiga e ajudando a cicatrizar as lesões mais rapidamente.
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