Jacaré e araras: traficante preso tinha 'minizoológico' em fazenda de SP
Jacarés, cavalos e até mesmo araras estavam entre os animais mantidos por Anderson Lacerda Pereira, 42, conhecido como "Anderson Gordão", preso na segunda-feira (5), após dois anos sendo procurado pela Interpol.
O homem, apontado como um dos maiores narcotraficantes do Brasil, mantinha um "minizoológico" na própria fazenda, no município de Santa Isabel, na Grande São Paulo.
Em julho de 2020, durante uma operação, a Polícia Militar Ambiental apreendeu pelo menos duas araras, dois jacarés (um vivo e um morto), periquitos maracanã, cavalos e um jabuti no sítio mantido por Anderson.
Na época, policiais afirmaram que o narcotraficante se inspirava em nomes como Pablo Escobar e Joaquín El Chapo para manter os animais no sítio.
Os dois traficantes internacionais também tinham o hábito de manter zoológicos com animais exóticos em suas propriedades.
No caso de Escobar, hipopótamos importados por ele para a Colômbia se tornaram uma "bomba-relógio ecológica" que ainda causava problemas para o país três décadas depois.
Além da "vaidade" no trato com os animais, o traficante usaria alguns dos bichos, como os jacarés, para fazer ameaças veladas aos seus inimigos. Anderson gastaria R$ 100 mil por mês na manutenção dos bichos.
Prisão
Anderson Lacerda Pereira, apontado como um dos maiores narcotraficantes do Brasil — responsável pelo envio de toneladas de cocaína para a Europa - foi preso na segunda-feira (5) em Poá (SP).
O nome dele estava incluído na difusão vermelha da Interpol, a Polícia Internacional, desde 2020, quando virou réu em um processo por lavagem de dinheiro que tramita na Justiça de Guarulhos, também na Grande São Paulo.
Anderson é acusado de ter montado 38 clínicas médicas e odontológicas na Grande São Paulo, de ter adquirido 15 casas de alto padrão em Arujá e até mesmo de ter se infiltrado na prefeitura do município para fechar contratos milionários sem licitação, em serviços de coleta de lixo, distribuição de alimentos e de medicamentos.
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