Acusado de matar Marielle é condenado por posse e venda de armas
Ronnie Lessa, policial militar reformado e acusado de assassinar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 2018, foi condenado por comércio ilegal de armas. A magistrada Alessandra Bilac, da 40ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, deliberou que a pena será de 13 anos e 6 meses de prisão.
De acordo com os documentos, aos quais o UOL teve acesso, o acusado tinha 117 fuzis, além de acessórios "exclusivos para armas de fogo de grosso calibre". Em 2019, esses armamentos pertencentes ao policial foram encontrados na casa de Alexandre Motta de Souza, amigo de Lessa, que "demonstrou surpresa e desespero com o que havia dentro", segundo cobertura da época.
"Destaca-se que o acusado possuía em depósito inúmeras peças aptas a montar pelo menos 117 fuzis, além de acessórios exclusivos para armas de fogo de grosso calibre, em desacordo com a determinação legal", escreve a juíza Alessandra Bilac na decisão.
Continuando: "Conduta que vulnera em demasia a incolumidade pública, trazendo grande temor e insegurança social para nosso Estado".
Segundo a condenação, a quantidade, a forma em que se encontravam acondicionadas e as circunstâncias da apreensão das peças de fuzis "deixam claro que os fuzis depois de montados e os acessórios seriam destinados para a venda". Lessa foi condenado por ter, em depósito para venda, "peças para montagem de armas de fogo de uso restrito e acessórios de aquisição vedada pela legislação pátria, de forma consciente e voluntária".
Ronnie Lessa já havia sido condenado por tráfico internacional de armas
Há quase um mês, o acusado de assassinar a vereadora Marielle Franco foi condenado pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro pela importação de 16 peças de fuzil em 2017, que foram apreendidas vindo de Hong Kong no Aeroporto Internacional do Galeão.
Segundo investigação da Polícia Federal, teoricamente, o destino das encomendas era a Academia Supernova Saúde do Corpo, porém, o endereço indicado era o apartamento de Ronnie Lessa. Os materiais apreendidos seriam "quebra-chamas", usados para diminuir o clarão gerado por disparos de armas de fogo. Esses acessórios são de uso proibido.
Ainda não se sabe ao certo por que e quem mandou matar Marielle. A força-tarefa do Ministério Público tenta desvendar quem foi o mandante do crime.
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