Topo

Esse conteúdo é antigo

Crime da Mega-Sena: o que se sabe sobre os suspeitos pela morte de ganhador

Jonas Lucas Alves Dias, ganhou prêmio com aposta simples, de 6 números, em 2020 - Reprodução/Facebook
Jonas Lucas Alves Dias, ganhou prêmio com aposta simples, de 6 números, em 2020 Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

19/09/2022 18h27Atualizada em 19/09/2022 18h27

A Polícia Civil prendeu dois dos quatros suspeitos de matarem Jonas Lucas Alves Dias, ganhador da Mega-Sena. Ele levou o prêmio de R$ 47,1 milhões em setembro de 2020 e foi sequestrado no dia 13 de setembro enquanto caminhava perto de sua casa, em Hortolândia, cidade no interior de São Paulo.

Uma das pessoas detidas é Rebeca Messias Pereira Batista, 24, segundo informou o "Fantástico", da TV Globo. Ela foi identificada pelos agentes como a dona da conta para onde foram transferidos os mais de R$ 18 mil de Jonas. Ao UOL, a GCM (Guarda Civil Municipal) informou que a suspeita foi encontrada em situação de rua.

Rebeca foi detida ontem. Segundo a TV, ela afirmou que nunca viu a vítima e não sabia que os criminosos tinham mantido ele preso. No entanto, por conta do depoimento dela, a polícia conseguiu identificar outros suspeitos.

A investigação tenta entender qual a ligação de Rebeca com os demais suspeitos. A Polícia quer saber se ela participou do planejamento da ação criminosa, ou se cedeu a conta bancária sem saber o motivo, ou mesmo por ter sido pressionada.

Rogério de Almeida Spínola também é um dos detidos. Ele foi preso no sábado (17). Segundo informou à TV, Kleber Atale, delegado da Polícia Civil, o homem tem histórico de homicídio, tentativa de homicídio e roubo. Ele foi detido em Santa Bárbara d'Oeste (SP), a cerca de 35 km de Hortolândia. A investigação aponta que ele estava em um dos dois veículos que abordaram a vítima.

De acordo com a polícia, Espíndola nega participação no crime. A participação dele ainda não é clara para a investigação.

rebeca - Reprodução/TV Globo - Reprodução/TV Globo
Rebeca (à esquerda) e Rogério (à direita) foram presos neste fim de semana pela Polícia Civil
Imagem: Reprodução/TV Globo

Os outros dois suspeitos ainda estão sendo procurados. São eles: Marcos Vinicyus Sales de Oliveira, 22, conhecido com "Vini", e Roberto Jeferson da Silva, o "Gordo", 38. Eles estavam em pelo menos dois veículos - uma caminhonete S-10 e um Ford Fiesta preto, que foram identificados com o auxílio das imagens de câmeras de monitoramento.

vini - Reprodução/TV Globo - Reprodução/TV Globo
Marcos Vinicyus Sales de Oliveira, 22, é um dos procurados pela polícia
Imagem: Reprodução/TV Globo

Vinícius teria ido até o caixa eletrônico com Jonas e também seria o motorista do carro preto que aparece nas imagens. Já Roberto é investigado por dirigir a caminhonete prata, que também é apontada como um dos veículos utilizados no crime.

Relembre o caso

Segundo familiares da vítima, Jonas saiu para fazer uma caminhada em Hortolândia, interior de São Paulo, por volta das 6h30 de terça-feira (13), mas não retornou.

Ao final do dia, foi registrado o desaparecimento na polícia. A polícia afirma que ele foi capturado a cerca de 100 metros de sua casa e passou cerca de 20 horas com os suspeitos. Ainda não se sabe se a vítima foi levada para um cativeiro durante esse período.

Dois carros, um preto e um prata, teriam participado de captura de Jonas - TV Globo - TV Globo
Dois carros, um preto e um prata, teriam participado da captura de Jonas
Imagem: TV Globo

Jonas foi encontrado no dia seguinte pela manhã em um trevo da Rodovia Bandeirantes. Ele estava com sinais de espancamento —exames constataram que a vítima sofreu traumatismo cranioencefálico.

Os criminosos agiram com extrema violência, até pelo fato de deixarem a vítima às margens de uma rodovia, em um dia frio. Uma crueldade.

Juliana Ricci, uma das delegadas responsáveis pelo caso.

Pix de R$ 3 milhões. Segundo a polícia, cerca de duas horas após o sequestro, por volta das 8h30, os criminosos foram até uma agência da Caixa Econômica Federal, em Campinas. Um dos suspeitos desceu do carro com o cartão e a senha da vítima.

A ideia era tentar cadastrar uma chave Pix para fazer uma transferência de R$ 3 milhões. Sem sucesso nessa primeira tentativa, teriam conseguido fazer um Pix de R$ 17,8 mil para conta de Rebeca, segundo apontam as investigações.