Crime da Mega-Sena: o que se sabe sobre os suspeitos pela morte de ganhador
A Polícia Civil prendeu dois dos quatros suspeitos de matarem Jonas Lucas Alves Dias, ganhador da Mega-Sena. Ele levou o prêmio de R$ 47,1 milhões em setembro de 2020 e foi sequestrado no dia 13 de setembro enquanto caminhava perto de sua casa, em Hortolândia, cidade no interior de São Paulo.
Uma das pessoas detidas é Rebeca Messias Pereira Batista, 24, segundo informou o "Fantástico", da TV Globo. Ela foi identificada pelos agentes como a dona da conta para onde foram transferidos os mais de R$ 18 mil de Jonas. Ao UOL, a GCM (Guarda Civil Municipal) informou que a suspeita foi encontrada em situação de rua.
Rebeca foi detida ontem. Segundo a TV, ela afirmou que nunca viu a vítima e não sabia que os criminosos tinham mantido ele preso. No entanto, por conta do depoimento dela, a polícia conseguiu identificar outros suspeitos.
A investigação tenta entender qual a ligação de Rebeca com os demais suspeitos. A Polícia quer saber se ela participou do planejamento da ação criminosa, ou se cedeu a conta bancária sem saber o motivo, ou mesmo por ter sido pressionada.
Rogério de Almeida Spínola também é um dos detidos. Ele foi preso no sábado (17). Segundo informou à TV, Kleber Atale, delegado da Polícia Civil, o homem tem histórico de homicídio, tentativa de homicídio e roubo. Ele foi detido em Santa Bárbara d'Oeste (SP), a cerca de 35 km de Hortolândia. A investigação aponta que ele estava em um dos dois veículos que abordaram a vítima.
De acordo com a polícia, Espíndola nega participação no crime. A participação dele ainda não é clara para a investigação.
Os outros dois suspeitos ainda estão sendo procurados. São eles: Marcos Vinicyus Sales de Oliveira, 22, conhecido com "Vini", e Roberto Jeferson da Silva, o "Gordo", 38. Eles estavam em pelo menos dois veículos - uma caminhonete S-10 e um Ford Fiesta preto, que foram identificados com o auxílio das imagens de câmeras de monitoramento.
Vinícius teria ido até o caixa eletrônico com Jonas e também seria o motorista do carro preto que aparece nas imagens. Já Roberto é investigado por dirigir a caminhonete prata, que também é apontada como um dos veículos utilizados no crime.
Relembre o caso
Segundo familiares da vítima, Jonas saiu para fazer uma caminhada em Hortolândia, interior de São Paulo, por volta das 6h30 de terça-feira (13), mas não retornou.
Ao final do dia, foi registrado o desaparecimento na polícia. A polícia afirma que ele foi capturado a cerca de 100 metros de sua casa e passou cerca de 20 horas com os suspeitos. Ainda não se sabe se a vítima foi levada para um cativeiro durante esse período.
Jonas foi encontrado no dia seguinte pela manhã em um trevo da Rodovia Bandeirantes. Ele estava com sinais de espancamento —exames constataram que a vítima sofreu traumatismo cranioencefálico.
Os criminosos agiram com extrema violência, até pelo fato de deixarem a vítima às margens de uma rodovia, em um dia frio. Uma crueldade.
Juliana Ricci, uma das delegadas responsáveis pelo caso.
Pix de R$ 3 milhões. Segundo a polícia, cerca de duas horas após o sequestro, por volta das 8h30, os criminosos foram até uma agência da Caixa Econômica Federal, em Campinas. Um dos suspeitos desceu do carro com o cartão e a senha da vítima.
A ideia era tentar cadastrar uma chave Pix para fazer uma transferência de R$ 3 milhões. Sem sucesso nessa primeira tentativa, teriam conseguido fazer um Pix de R$ 17,8 mil para conta de Rebeca, segundo apontam as investigações.
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