Imagens mostram vencedor da Mega-Sena momentos antes de ser sequestrado
Câmeras de segurança registraram os últimos momentos de Jonas Lucas Alves Dias, 55, que morreu na semana passada após ser espancado durante um sequestro. O milionário, que embolsou R$ 47,1 milhões após vencer um sorteio da Mega-Sena, em 2020, saiu de casa no início da manhã de terça (13) para ir até uma padaria do bairro onde morava, em Hortolândia (SP).
Imagens feitas no estabelecimento mostram Jonas pagando suas compras no caixa. Em seguida, outras câmeras de segurança registraram ele voltando para casa, enquanto bebia um suco de laranja, um dos itens que havia comprado.
O homem conseguiu chegar em casa em segurança, mas voltou a sair logo em seguida, após entregar um saco de pão para a irmã, que morava com ele. Outras câmeras de segurança do bairro avistaram um carro preto passando por Jonas, que fez todos os trajetos a pé.
Segundo a polícia, ouvida pelo "Fantástico", da TV Globo, exibido ontem, o veículo pertencia aos suspeitos de sequestrar e matar o milionário. Outra imagem mostra o mesmo carro preto e uma caminhonete de cor prata passando pelo mesmo trecho percorrido pela vítima.
Para os investigadores, os dois carros seguiram Jonas e o capturaram, em uma zona já fora do alcance das câmeras. Os veículos aparecem pela última vez nas gravações volta das 6h30. Nesse momento, segundo a polícia, eles já teriam sequestrado a vítima.
Cerca de duas horas depois, os criminosos tentaram transferir R$ 3 milhões da conta da vítima em Campinas, a cerca de 20 quilômetros do local do sequestro, mas não conseguiram.
Na manhã do dia seguinte, Jonas foi encontrado ferido e inconsciente em um trevo de acesso à Rodovia dos Bandeirantes. Foi encaminhado em um hospital, mas acabou morrendo.
O caso é investigado como extorsão mediante sequestro. A Polícia Civil identificou quatro suspeitos de participação no assassinato de Jonas. Dois deles já foram presos.
Um dos suspeitos presos é Rogério Espíndola, que tem passagem na polícia por homicídio. Ele foi detido em Santa Bárbara d'Oeste (SP), a cerca de 35 quilômetros de Hortolândia.
Segundo a investigação, o homem estava em um dos dois veículos que abordaram a vítima. O UOL não encontrou a defesa do suspeito. De acordo com a polícia, Espíndola nega participação no crime.
"[Os criminosos] não eram pessoas preparadas para esse crime e cometeram muitos erros", disse Kleber Altale, diretor do Deinter (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior) e um dos delegados responsáveis pelo caso.
A delegada Juliana Ricci, do Deic (Divisão Especializada em Investigações Criminais), afirma que os quatro suspeitos identificados não tinham relação com a vítima, mas "foram chamados [atraídos] pelo prêmio da Mega-Sena".
"Os criminosos agiram com extrema violência, até pelo fato de deixarem a vítima às margens de uma rodovia, em um dia frio. Uma crueldade", disse a autoridade.
Outra suspeita identificada e presa é a titular da conta para onde os criminosos enviaram um Pix com dinheiro da vítima, no valor de R$ 18 mil.
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