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Caso Flordelis: qual foi a arma usada para matar Anderson do Carmo?

7.nov.2022 - Ex-deputada Flordelis é julgada por júri popular em Niterói (RJ) - Brunno Dantas/Reprodução TJ-RJ
7.nov.2022 - Ex-deputada Flordelis é julgada por júri popular em Niterói (RJ) Imagem: Brunno Dantas/Reprodução TJ-RJ

Colaboração para UOL

11/11/2022 04h00

O julgamento da ex-deputada Flordelis dos Santos Souza, acusada de ser a mandante do assassinato do próprio marido, Anderson do Carmo, ainda não possui uma previsão de sentença. Os depoimentos de alguns integrantes da família já foram alvos de questionamentos por parte do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que insinuar que a advogada de defesa de Flordelis, Janira Rocha, manipulou as testemunhas.

Em 2019, o pastor evangélico Anderson do Carmo foi morto com mais de 30 tiros na garagem de casa em que morava com Flordelis e seus mais de 35 filhos. Segundo a perícia, nove das perfurações foram na região de coxas e da virilha. Anderson tinha 42 anos.

A arma do crime

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Pastor Anderson do Carmo de Souza e deputada federal Flordelis (PSD-RJ): ela é acusada de planejar o assassinato
Imagem: Reprodução/Facebook

A arma usada para matar o pastor Anderson do Carmo, segundo a delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Homicídios de Niterói, foi uma pistola de calibre 9 milímetros, encontrada no quarto de Flávio dos Santos Rodrigues, um dos filhos biológicos do primeiro casamento de Flordelis. Os investigadores da Polícia Civil estimam que a arma teria custado R$ 8 mil, pouco menos do que foi afirmado em depoimento por Lucas Cézar dos Santos de Souza, outro dos filhos afetivos do casal.

Após ser questionado pelo relator Alexandre Leite (DEM-SP), Lucas confirmou ter realizado a intermediação na compra da arma pelo irmão Flávio dos Santos Rodrigues, mais um filho biológico de Flordélis, que pagou R$ 8,5 mil na compra da arma.

De acordo com a Polícia Civil, a pistola foi comprada pelo filho adotivo Lucas, dois dias antes do assassinato, em Niterói, região metropolitana do Rio. Durante o depoimento, Lucas negou e disse que apenas indicou ao irmão Flávio onde comprar a arma, sem saber para que seria usada.

A investigação apontou que Lucas pagou R$ 3 mil pela arma, e o irmão Flávio, que confessou ter realizado os disparos, os R$ 5 mil restantes. Lucas ainda apontou a mãe como a orientadora do assassinato.

"Isso veio em uma carta através dos advogados do Flávio. Cheguei no presídio dias depois dele. Ficamos na mesma cela. Minha mãe mandava cartas com frequência para mim", explicou Lucas. "Em uma delas, ela pediu para eu assumir a autoria do crime. Do contrário, ela e o Flávio poderiam ser prejudicados. Ela pediu para eu fazer isso, falando que não iria me abandonar e me daria toda a assistência. Inclusive a carta tinha a assinatura dela." Segundo Lucas, após a leitura a carta foi rasgada por Flávio.

O julgamento da ex-deputada, que começou no dia 07 de novembro, tem outros quatro réus: sua filha biológica Simone dos Santos, a neta Rayane dos Santos e os filhos afetivos André Luiz e Marzy Teixeira.