Pontapé da rainha Elizabeth e molas: as curiosidades da ponte Rio-Niterói
A ponte Rio-Niterói, por onde passam diariamente 150 mil veículos, ficou interditada desde a noite de segunda-feira (14), quando uma embarcação colidiu com a estrutura. Após uma inspeção da PRF (Polícia Rodoviária Federal), as faixas foram liberadas no fim da manhã desta terça.
O navio responsável pela colisão estava ancorado na baía de Guanabara desde 2016 e teve sua amarra partida por "condições climáticas extremas", de acordo com a Marinha do Brasil.
Inaugurada em 1974, a ponte Presidente Costa e Silva, chamada popularmente de Rio-Niterói, coleciona curiosidades e recordes ao longo de seus 48 anos de existência — e até mesmo antes disso. Os projetos iniciais de uma ligação entre Niterói e o de Janeiro foram idealizados por Dom Pedro 2º, em 1875.
Veja mais curiosidades sobre a ponte Rio-Niterói:
Maior ponte do Hemisfério Sul
Com mais de 13 mil metros de extensão (sendo quase 9 km sobre a água), a ponte Rio-Niterói é considerada a maior do Hemisfério Sul. A construção também coleciona outros recordes pela infraestrutura: o maior vão em viga reta contínua do mundo, com 300 metros de comprimento e 72 metros de altura; e a mais importante estrutura protendida das Américas, com mais de 2.150 quilômetros de cabos em seu interior.
150 mil veículos por dia
Segundo dados oficiais da Ecoponte, concessionária que administra a via desde 2015, o volume diário médio de tráfego na ponte Rio-Niterói é de 150 mil veículos, nos sentidos Rio e Niterói. Passam por lá, todos os dias, 400 mil pessoas. Toda a movimentação é registrada por 45 câmeras de monitoramento.
Antes de a ponte existir, era preciso percorrer mais de 100 km em estradas ou contar com balsas para fazer o mesmo trajeto.
Obras inauguradas pela Rainha Elizabeth 2ª
O processo de edificação da ponte Rio-Niterói demorou cinco anos para ser concluído, de 1969 a 1974. Mas, em sua visita ao Brasil em 1968, a rainha Elizabeth 2ª participou da cerimônia de inauguração da placa que anunciava o início das obras. A parada da monarca britânica, que morreu em setembro deste ano, marcou sua única vinda ao Brasil.
Ajustes para 'não balançar' com o vento
Até 2004, a ponte Rio-Niterói oscilava até 1 metro para cima e para baixo, com rajadas de vento entre 55 e 60 km/h, o que tornava mais comum o fechamento da via. Foi preciso encontrar uma solução tecnológica para o problema.
Pesquisadores da Coppe UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) desenvolveram e instalaram na estrutura um sistema de molas que evita oscilações.
O chamado sistema ADS (Atenuadores Dinâmicos Sincronizados) fica dentro da estrutura e absorve os movimentos provocados pelos ventos, o que permite que a via continue aberta ao tráfego de veículos em dias de ventania.
Projeto inicial de Dom Pedro 2º
Ainda durante o império, Dom Pedro 2º já indicava que queria uma ligação entre Rio de Janeiro e Niterói. Em 1875, inspirado pelas obras sobre o Rio Tâmisa, em Londres, ele autorizou a criação de um projeto de túnel ferroviário submarino que foi interrompido por falta de verba.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.