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Mulher presa por matar noivo em motel do DF tem crise de pânico na prisão

Marcella Ellen foi socorrida após mal estar em cadeia de Goiás; ela confessou ter matado noivo, mas alegou ter reagido a agressão - Reprodução/Redes Sociais
Marcella Ellen foi socorrida após mal estar em cadeia de Goiás; ela confessou ter matado noivo, mas alegou ter reagido a agressão Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Do UOL, em São Paulo

16/11/2022 11h19Atualizada em 25/11/2022 22h34

Marcella Ellen Paiva Martins, 31, suspeita de ter matado o noivo em um motel no Distrito Federal, teve uma crise de pânico no presídio de Barro Alto (GO), para onde foi transferida na semana passada após ser detida pela polícia goiana durante uma tentativa de fuga.

Hoje, a defesa de Marcella Ellen alegou que vai pedir a liberdade dela à Justiça para que ela trate de um tumor cerebral.

Em nota ao UOL, enviada na manhã de hoje, a direção da Unidade Prisional de Barro Alto desmentiu informações de que a detenta teria desmaiado na cadeia, afirmando que ela apenas comunicou aos policiais penais que "não estava bem" e foi encaminhada a uma unidade de saúde municipal para passar por avaliação, em que foi constatada a crise de pânico.

"A direção reforça que equipes de profissionais da saúde estão à disposição realizando os acompanhamentos médicos necessários", afirma o comunicado, divulgado pela DEAP (Diretoria-Geral de Administração Penitenciária).

O caso da ex-modelo e bacharela em direito repercutiu pelos detalhes inusitados de sua fuga após a morte do noivo, Jordan Lombardi, 40, na madrugada de 9 de novembro.

Depois de atirar contra o consultor empresarial, ela teria fugido do motel em que os dois estavam, nua, usando o veículo do noivo, um Audi Q7. Como o carro, que pertence à empresa da vítima, é rastreado, ele parou de funcionar pouco mais de seis quilômetros depois, fazendo com que a mulher buscasse "alternativas".

Segundo o advogado de Marcella, Johnny Cleik Rocha da Silva, ela teria abordado duas vans escolares, sem sucesso, antes de "pegar carona" em um caminhão que a conduziu até Girassol (GO), onde o motorista, assustado com o estado da suspeita, afirmou que precisava abastecer, desceu do veículo e fugiu.

"Ela ficou então sozinha, nua, com a bolsa e a arma. Já muito cansada e emocionalmente abalada, ela resolveu descer, jogou a bolsa no chão, jogou a arma e gritou que chamassem a polícia porque ela queria se entregar", disse o defensor ao UOL, logo após a prisão.

Procurado, Cleik disse que está acompanhando a condução da cliente durante o caso e que ela teria chegado a sofrer uma agressão em Luziânia (GO). Ele ainda não informou se deve fazer qualquer tipo de pedido especial à Justiça para proteger a mulher.

Relembre o caso

A Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada na manhã de 9 de novembro após o corpo de Jordan ser encontrado com uma marca de tiro em um dos quartos do Motel Park Way, no Setor de Postos e Motéis Sul, no Distrito Federal.

Nas redes sociais, casal ostentava vida de luxo - Record TV/Reprodução - Record TV/Reprodução
Nas redes sociais, casal ostentava vida de luxo
Imagem: Record TV/Reprodução

"A informação que a Polícia Militar recebeu foi a seguinte: uma mulher tinha saído pelo portão sem pagar, chegou a derrubar o portão e foi embora em um carro de luxo. Os funcionários do motel foram até o quarto onde essa mulher estava com um homem e tinha um corpo no local", afirmou o Major Michaello, em vídeo divulgado pela corporação na ocasião.

Após o corpo da vítima ser encontrado, os outros ocupantes precisaram deixar as suítes do motel.

Após ser detida em uma rodovia, Marcella foi conduzida ao Presídio de Luziânia (GO). O crime é investigado pela 11ª Delegacia de Polícia do Núcleo Bandeirante, no Distrito Federal.

À polícia, a investigada confessou que atirou "sem pensar" no noivo, mas alegou que reagiu após receber dois tapas de Jordan.