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Falso policial 'rouba' o próprio celular e cobra indenização de R$ 3 mil

Homem foi flagrado por câmeras de segurança pegando o próprio celular da loja - Reprodução/Google Maps
Homem foi flagrado por câmeras de segurança pegando o próprio celular da loja Imagem: Reprodução/Google Maps

Do UOL, em São Paulo

09/12/2022 18h53Atualizada em 09/12/2022 18h53

Um homem foi preso em flagrante pelo crime de estelionato após tentar aplicar um golpe em uma loja de reparo de celulares em um shopping em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ). Segundo a Polícia Civil, ele roubou o próprio celular do estabelecimento e pediu uma quantia de R$ 3 mil para o dono da loja como compensação pelo sumiço do telefone. A prisão ocorreu na quarta-feira (7).

O homem, que se passou por um policial civil, tinha deixado o celular para um reparo na loja. Dois dias depois, ele retornou e se aproveitou de um momento de distração dos funcionários para pegar o aparelho de volta.

Quando o dono da loja não conseguiu localizar novamente o celular, o homem passou a cobrar um valor de R$ 3 mil como ressarcimento pela suposta perda. Em áudios obtidos pelo "Bom Dia Rio", da TV Globo, o suspeito afirma que o que ocorreu foi uma "fatalidade".

"Independente das minhas condições de que eu venha a ser polícia, filhão, olha só: são coisas que acontecem. Eu faço R$ 3 mil, R$ 3 mil não me faz. Você pode ficar tranquilo, despreocupado que eu jamais vou te ameaçar, vou ficar te pressionando ou qualquer tipo de cosa. Isso, infelizmente, é fatalidade. São coisas que acontecem, a gente não pede para acontecer", diz ele.

Ao ser acionada, a polícia encontrou o homem dentro da loja, assinando um documento. Aos agentes, o suspeito se identificou como motorista da Prefeitura de Nova Iguaçu. Quando foi questionado pelo motivo de estar recebendo dinheiro, "ele demonstrou nervosismo e não soube explicar", disse a Polícia Civil em nota.

A Prefeitura de Nova Iguaçu informou ao UOL que o homem é motorista terceirizado de uma empresa prestadora de serviços ao município. Após o episódio, o Município diz ter solicitado a substituição do profissional. O caso foi registrado no 39ª DP (Pavuna)