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SP: Morre bebê que teve os pés queimados por aquecedor em hospital

A  criança sofreu queimaduras de segundo grau no pé esquerdo - Reprodução/Redes sociais
A criança sofreu queimaduras de segundo grau no pé esquerdo Imagem: Reprodução/Redes sociais

Do UOL, em São Paulo

13/01/2023 19h36Atualizada em 13/01/2023 20h44

Uma bebê de oito meses morreu ontem no Hospital São Francisco de Assis em Jacareí, no interior de São Paulo. Segundo a família, em 31 de dezembro, a criança sofreu queimaduras de segundo grau no pé esquerdo dentro da unidade de saúde após ter um quadro de hipotermia e colocarem um aquecedor próximo aos pés dela por três horas.

A menina estava internada no local desde outubro de 2022 por precisar de cuidados médicos em razão do diagnóstico da síndrome de Edwards, uma doença genética rara que acomete 1 em cada 6 mil nascidos vivos.

A mãe da criança, Adrieli Oliveira, disse ao Balanço Geral, da Rede Record, na última semana que só foi informada da queimadura da filha no dia seguinte.

"Foi um choque muito feio, a minha filha ficou três dias sem dormir após a queimadura", disse a mulher, que pedia justiça pelo episódio.

No dia 4 de janeiro, o hospital publicou uma nota afirmando que, "apesar da utilização do aquecedor, com a distância e especificações sugeridas, houve intercorrência de queimadura" e que a menina seguia na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica devido a sua internação inicial e não pelo episódio.

Ao UOL, a Associação Casa Fonte da Vida, mantenedora do Hospital São Francisco de Assis, informou que a morte da criança ocorreu em razão "da gravidade de sua condição clínica inicial associada à síndrome genética e comorbidades graves".

A causa da morte foi falência de múltiplos órgãos, de acordo com a unidade de saúde.

"Apesar de todos os recursos terapêuticos empregados, não se logrou êxito em sua recuperação. Salientamos que não há qualquer relação do óbito ao evento que causou a lesão no pé esquerdo, a qual se apresentava com boa evolução e em processo final de cicatrização (90%)."

Desde o episódio, segundo a unidade de saúde, o "hospital fez sindicância interna e as profissionais envolvidas foram desligadas do quadro".

O velório da menina ocorreu na tarde desta sexta-feira.