Topo

Esse conteúdo é antigo

Professora infantil é presa por tráfico de drogas dentro de escola do PA

Sergia Brito Almeida usava nome falso de Jasmym Dias Almeida - Reprodução/Facebook
Sergia Brito Almeida usava nome falso de Jasmym Dias Almeida Imagem: Reprodução/Facebook

Luciana Cavalcante

Colaboração para o UOL, em Belém

19/01/2023 16h10

Uma professora foi presa dentro de uma escola de ensino fundamental de Belém (PA), pelos crimes de tráfico de drogas e falsidade ideológica.

A professora foi identificada como Sergia Brito Almeida, de 38 anos, mas usava o nome falso de Jasmym Dias Almeida.

Ela foi presa dentro do Centro Educacional Ageu, localizado no bairro da Pedreira, por policiais militares que cumpriam um mandado de prisão contra ela pelo crime de tráfico de drogas. Ela lidava com crianças entre 5 e 8 anos, na unidade de educação, que oferece aulas do 1º ao 5º ano fundamental.

Ela tinha inclusive redes sociais com o nome falso, onde postava imagens do dia a dia, incluindo uma da formatura em pedagogia. A polícia não deu detalhes sobre as circunstâncias em que ocorreram o crime de tráfico de drogas, apenas que ela foi encaminhada para a delegacia de Polícia Civil do bairro em cumprimento à decisão judicial.

Nas redes sociais do centro educacional, Sergia aparece em registros que indicam que ela trabalha há pelo menos um ano na unidade. As imagens mostram ela em reuniões de professores, participando de cursos e em programações com as crianças.

A Polícia Civil informou não ter informações sobre a constituição de defesa da professora. O UOL entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Pará para verificar defensor indicado para a audiência de custódia, mas, até o momento, não recebeu retorno. De acordo com a Defensoria Pública, não houve pedido para representação da suspeita até o momento. Este espaço será atualizado tão logo o contato com a defesa da mulher for estabelecido.

"Entraram filmando", diz advogado de escola sobre ação da polícia

O advogado do Centro Educacional Ageu, Lucas Leite, disse que a escola desconhecia o mandado de prisão e só soube quando a professora estava sendo detida. Ele critica a ação policial.

"Eles entraram filmando, num momento em que estava ocorrendo uma reunião no pátio da escola. Nessa hora havia docentes e pais de alunos. Eles poderiam ter chamado a direção e comunicado o fato para não gerar uma situação como essa", ponderou.

Não havia crianças na escola, pois o ano letivo ainda não começou, ainda segundo o advogado.

Leite afirmou que a professora já foi desligada do quadro de funcionários. Segundo o advogado, ela se apresentava pelo nome verdadeiro. A escola também se comprometeu em colaborar com a polícia no caso. O advogado não soube dizer há quanto tempo a professora trabalhava no local.