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Hotel da DogHero perde cachorra em SP; tutora faz campanha para localizá-la

Kali foi vista pela última vez na região do Jabaquara, na zona sul de São Paulo - Arquivo pessoal
Kali foi vista pela última vez na região do Jabaquara, na zona sul de São Paulo Imagem: Arquivo pessoal

Do UOL, em São Paulo

01/03/2023 12h09Atualizada em 01/03/2023 12h17

Há quase dois meses, a professora Luana Siqueira, 29, tem vivido os "piores dias" de sua vida. Com viagem marcada para Fortaleza (CE), ela deixou sua cachorra na casa de uma cuidadora cadastrada na plataforma DogHero —o que ela não esperava era receber uma mensagem a caminho do aeroporto dizendo que o pet tinha fugido.

O que era para ser uma hospedagem de quatro dias se tornou os piores 50 dias da nossa vida. É um drama não achar Kali."
Luana Siqueira, professora

Foi a primeira vez que Luana usou a plataforma. Procurada, a empresa lamentou o ocorrido e disse que colabora com as buscas (leia mais abaixo).

Segundo a educadora, a cachorra já havia ficado hospedada em um hotel especializado perto de sua casa, em Guarulhos. Em janeiro, Luana decidiu deixá-la em uma casa no Jabaquara, zona sul de São Paulo —porque ficava mais do aeroporto de Congonhas, onde ela embarcaria, e da casa de sua irmã.

Antes de fazer a reserva na plataforma, Luana conversou com a cuidadora sobre os hábitos de Kali e viu o espaço que seu bichinho de estimação ficaria hospedado. Ela e seu marido preferiram deixar a cachorra no local um dia antes da viagem —para ter certeza de que Kali estaria bem acomodada.

Mas Luana recebeu uma mensagem da cuidadora no Whatsapp no dia do embarque dizendo que foi jogar o lixo na rua e Kali fugiu pelo portão.

"Ela fugiu à noite e vi a mensagem às 6h. Cancelamos tudo e fomos para as ruas procurá-la. Já foram mais de 9 mil panfletos, carro de som e temos moderado uma página no Instagram com fotos da Kali", conta Luana.

Tutora conseguiu a ajuda de cerca de 30 voluntários para ajudar nas buscas na região do Jabaquara e entorno - Reprodução - Reprodução
Tutora conseguiu a ajuda de cerca de 30 voluntários para ajudar nas buscas na região do Jabaquara e entorno
Imagem: Reprodução

Luana conseguiu imagens de câmeras de segurança de ruas próximas ao local onde Kali estava hospedada. Nos vídeos, ela viu que a cachorrinha chegou a pular uma grade de proteção no meio da avenida Engenheiro Armando Arruda Pereira.

"São muitas possibilidades", diz a professora sobre os bairros onde a cachorrinha pode estar. Uma das vias onde Kali foi vista em um dos vídeos, por exemplo, dá acesso para o litoral, mas também para a Grande São Paulo.

Luana também conta com cerca de 30 voluntários que se ofereceram para ajudar nas buscas. "A gente recebe dicas pelas redes sociais de cachorros que podem ser a Kali", relata. "Se recebemos à noite ou aos fins de semana, nós vamos, mas se é durante o dia, uma das pessoas da rede de apoio sempre se dispõe a ir."

Além do trabalho, a professora divide seu tempo com um tratamento de câncer.

Tem sido difícil, porque ainda preciso conciliar com a quimioterapia. E a ausência de Kali ampliou até mesmo os efeitos colaterais do tratamento, como mal-estar, vômito, feridas no corpo."
Luana Siqueira, professora

Em nota, a DogHero afirmou que tem implementado uma série de ações para encontrar Kali. Entre elas, a produção de panfletos, banners, contratação de carro de som, divulgação nas redes sociais e um serviço telefônico 24 horas para receber pistas (11 93801-6385 e 11 98848-7591).

"Esclarecemos também que seguindo as mais rigorosas diretrizes de nossos protocolos internos, a anfitriã responsável pela hospedagem da Kali foi bloqueada de nossa plataforma imediatamente após a notificação da fuga", afirmou a empresa.