Caso Gritzbach: policiais são flagrados com mais 10 celulares no presídio

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Mais 10 telefones celulares foram encontrados no Presídio Especial da Polícia Civil, na zona norte de São Paulo, onde estão recolhidos sete agentes da corporação delatados por Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, morto a tiros em 8 de novembro de 2024 no aeroporto internacional de Guarulhos.
Essa é a segunda grande apreensão de aparelhos móveis na unidade em 41 dias. Em 4 de fevereiro foram encontrados 23 celulares, 11 smartwatchs (relógios inteligentes), 14 carregadores de celular, 26 fones de ouvido, notebook, pequena quantidade de maconha, R$ 21.672,15, dólares e euros.
A blitz realizada ontem foi coordenada pelo Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) da Polícia Civil. Os alvos, segundo fontes ouvidos pela reportagem, eram os policiais civis delatados por Gritzbach: o delegado Fábio Baena Martins; e os investigadores Eduardo Lopes Monteiro, Marcelo Marques de Souza, o Bombom, Marcelo Ruggieri, o Xará, e Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho.
Também foram alvos da operação os investigadores, Valdenir Paulo de Almeida, o Xixo, e Valmir Pinheiro, 55, o Bolsonaro. Eles foram presos pela Polícia Federal em 3 de setembro de 2024, acusados de receber R$ 800 mil de criminosos para não levar adiante investigações sobre tráfico internacional de drogas.
O balanço completo das apreensões de hoje ainda não foi divulgado. A varredura feita no mês passado foi coordenada por promotores de Justiça do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado), subordinado ao MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo).
Acesso à internet
A Corregedoria da Polícia Civil também participou da blitz do mês passado e apurou que no presídio havia 69 detentos e que boa parte deles, inclusive os agentes alvos da operação, tinha acesso à internet.
Os telefones apreendidos nas duas blitze no Presídio Especial da Polícia Civil vão passar por análise pericial e podem trazer mais provas ainda contra os delatados por Gritzbach. Os policiais correm risco de serem transferidos para prisão comum. Eles estão recolhidos preventivamente.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos policiais civis citados, mas o espaço continua aberto para manifestações. O texto será atualizado se houver posicionamentos dos defensores de todos eles.
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