Navios de guerra iranianos atracados no Rio carregam mísseis e canhões
Os navios de guerra iranianos atracados no Rio desde o último domingo (26) vão permanecer na cidade até sábado. As embarcações pertencem à Marinha da República Islâmica do Irã desde 2021 e estão equipadas com várias armas, como mísseis de cruzeiro antinavio, torpedos e canhões navais, segundo a agência de notícias Iran Press. Veja as características principais.
Iris Dena
- Pesa cerca de 1.300 a 1.500 toneladas, com seus 94 metros de comprimento e 11 metros de largura.
- Equipado com várias armas, como mísseis de cruzeiro antinavio, torpedos e canhões navais.
- Seus mísseis são de diferentes tipos, como o terra-ar e mísseis antinavio.
- Possui quatro tipos de canhões e dois lançadores de torpedos "tubarões" de 533 mm, além de um radar que protege ao redor do navio.
- Seu sistema de controle de tiro tem capacidade de interceptar 40 alvos.
- Pode navegar por um longo período de tempo.
- É capaz de pesquisar, detectar, monitorar e até destruir alvos aéreo, de superfície e subsuperfície.
- A cabine de comando pode controlar o pouso e decolagem de um helicóptero -- essa é uma das características operacionais mais importantes do navio.
Iris Makran
- É considerada a maior embarcação militar iraniana e responsável pelo apoio aos navios de guerra. Tem 228 metros de comprimento e largura de 42 metros.
- Pesa 121 mil toneladas e recebeu o nome de uma região costeira no sudeste do Irã.
- Pode acomodar cinco helicópteros em seu convés ao mesmo tempo e é considerado um navio logístico, para atender às necessidades da Marinha iraniana, como transportar combustível, água e alimentos.
- Consegue acomodar 80 mil toneladas de combustível e 20 mil toneladas de água, o que permite ao navio dar a volta ao mundo em 93 dias. Ele pode fazer esse trajeto até 10 vezes sem precisar voltar para a costa.
- Além das duas plataformas de lançamento de contêineres de mísseis e de seis posições de artilharia defensiva, tem sistemas de guerra eletrônica instalados, considerados valiosos no campo de batalha atualmente.
- Pode realizar uma missão de coleta de dados, processamento e análise de informações e fornecê-las aos centros de comando e controle na costa a milhas e milhas de distância.
Por que estão no Rio?
Desde outubro de 2022, a frota naval do Exército iniciou uma missão com o objetivo de dar a volta ao mundo. Segundo a agência de notícias local Iran Press News Agency, as duas embarcações foram adquiridas no ano de 2021.
A chegada das embarcações foi autorizada pelo vice-almirante Carlos Eduardo Horta Arentz, vice-chefe do Estado-Maior da Armada, contrariando o pedido dos Estados Unidos, após o encontro do presidente Lula com Joe Biden.
"Por oportuno, no que diz respeito ao desembarque da tripulação e convívio social, esses estarão sujeitos às normas sanitárias locais vigentes em conformidade com as condições epidemiológicas na ocasião da visita", disse o vice-almirante, na decisão publicada no Diário Oficial.
Incômodo com os EUA
A presença dos navios de guerra iranianos na costa brasileira incomoda os EUA. Em uma coletiva de imprensa em 15 de fevereiro, a embaixadora dos EUA, Elizabeth Bagley, pediu ao Brasil que não permitisse que os navios atracassem.
No passado, esses navios facilitaram o comércio ilegal e atividades terroristas, e também foram sancionados pelos EUA. O Brasil é uma nação soberana, mas acreditamos firmemente que esses navios não devem atracar em lugar nenhum
Elizabeth Bagley, embaixadora dos EUA
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