Justiça determina prisão preventiva de suspeito de matar médico a facadas

A prisão do suspeito de matar um médico de 29 anos a facadas em Montanha (ES) foi convertida em preventiva (por tempo indeterminado).

O que aconteceu:

• Segundo a juíza Walméa Elyze Carvalho, a confissão e o fato de o suspeito Carlos Magno Santos Santana, 32, estar com objetos e o carro da vítima são argumentos para manter a prisão.
• A magistrada também cita que a conversão da prisão visa "garantir a ordem pública" visto a "gravidade concreta da conduta e periculosidade" de Carlos. A vítima, Aloísio Vieira Silva, de 29 anos, foi estrangulado e esfaqueado.
• A Justiça ainda argumenta que há risco de fuga de Carlos, que disse ser de Mato Grosso, e foi preso pelo crime já em outra cidade.
• O MP (Ministério Público) se manifestou pela conversão da prisão em flagrante em preventiva para a "garantia da ordem pública".
• A defesa de Carlos pediu a concessão de liberdade provisória sem medidas cautelares, o que foi negado.
• Carlos tem outros registros criminais, segundo a decisão.

Trata-se de caso grave e bárbaro, que causou grande abalo social, sendo certo que o autuado demonstrou desprezo pela vida humana - seja pelas publicações feitas em rede social ostentando os pertences da vítima, seja pela confissão, seja pela afirmada ausência de arrependimento, de modo que a decretação de prisão é medida que se impõe para resguardar a ordem pública."
Juíza Walméa Elyze Carvalho Pepe de Moraes

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Entenda o caso

• Aloísio e Carlos se conheceram por um aplicativo e já tinham saído uma vez antes do sábado (25), quando foram para a cidade de Conceição da Barra. O suspeito argumentou que este era o primeiro encontro de ambos --versão contestada por uma testemunha ouvida pela polícia.
• Carlos Magno cometeu o crime e fugiu do apartamento do médico roubando diversos bens, como "o carro da vítima (um veículo Chevrolet Onix), um celular, um notebook, entre outras coisas", diz uma nota da Polícia Civil do Espírito Santo.
• O corpo de Aloísio foi encontrado na manhã de domingo, e o suspeito foi localizado à tarde, com o carro e pertences da vítima em um bar. Aos policiais, ele tentou argumentar que tinha comprado o carro, mas depois não ofereceu resistência à prisão.