Brigas e respostas vagas: o que se sabe sobre aluno que atacou escola de SP
O estudante de 13 anos que matou uma professora e deixou outras cinco pessoas feridas em um ataque segunda-feira (27) de manhã em uma escola de São Paulo tinha um comportamento violento e distante, segundo pessoas que conviviam com ele no local.
O que se sabe sobre o aluno
- As brigas eram constantes, relatam profissionais e alunos da escola estadual Thomazia Montoro, na zona oeste da capital paulista.
- Ofensa de teor racista. Segundo professoras e alunos, uma briga na semana passada ocorreu após o agressor chamar um colega de "macaco".
- Ele tinha um comportamento evasivo. Professoras relatam que ele dava respostas vagas quando questionado e tinha poucos amigos.
- Celular e fone de ouvido serviam de distração em sala de aula. Por isso, costumava ser advertido pelas professoras.
O relato de quem conviveu com o agressor
- Na semana passada, o autor do ataque chamou o colega de "macaco", que respondeu com outra ofensa, relata a professora Rita Reis. Ela levou três facadas no braço e costas. "Aí, saíram no tapa em sala de aula da Bete, que tentou apartar".
- Em 2021, adolescente se envolveu em outra briga com outro aluno.
Ele tinha levantado para ver o que estava escrito no quadro. Aí, um aluno atrás falou 'sai da frente' ou algo assim. E ele se irritou com isso. Ele sempre era chamado pela direção por causa das brigas
Rita Reis
- O advogado Amadeu França disse ter conversado com a mãe do autor do ataque. Segundo o defensor, ela disse que o filho deu um soco no irmão na semana passada, durante o café da manhã. Na época, ele disse que estava estressado.
- "A mãe dele não tinha ideia [de que o filho estaria planejando o ataque]", disse o advogado.
Isolado e com poucos amigos
- O agressor tinha contato com apenas dois amigos na escola. No recreio, não costumava interagir, segundo relato de alunos.
- Ele só usava roupas de cores escuras. Uma mãe relata ameaças contra o seu filho em mensagens pelo WhatsApp.
- "Sem reação", diz conselheira tutelar Nívia, que o atendeu após o crime. "Ele não pediu para comer nem bebeu água. Era como se estivesse em choque", disse.
Ele voltou neste ano. Eu era a tutora dele na escola. Sentei para conversar com ele, para saber se estava tudo bem. Mas ele estava sempre com fone de ouvido e disperso, dando respostas vagas. Estava sempre com o celular, mas não sei o que escutava ou via
Rita Reis, professora
- Karina Barbosa, mãe de outro estudante, diz que o filho recebeu ameaças de morte do autor do ataque, que encaminhou vídeos.
Em um deles, ele tinha uma arma e simulava estar atirando em objetos. A legenda do vídeo dizia que era um treinamento para um ataque na escola. Em outro, era a notícia do massacre de Suzano
Karina Barbosa, mãe de aluno
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