Não sei se há palavra para confortar pai que vive algo assim, diz prefeito
O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, afirmou ao UOL que o município vive um momento de tristeza e profunda consternação após um ataque em uma creche privada. Segundo ele, "um caso em que o sujeito pula o muro para entrar na escola não teria como impedir".
O que ele disse
O prefeito foi até a creche Bom Pastor logo após o ataque. Ele afirmou que o clima em toda a cidade é de dor. "As pessoas estão sem respostas, chorando. Por isso, a cidade está de luto por 30 dias".
Também relatou que o município reforçou a segurança nas escolas. "Temos segurança na entrada, nos portões, temos uma parceria forte com a Polícia Militar, mas ainda não conseguimos chegar a todas as escolas."
Informou que se reúne nesta tarde com uma equipe técnica para debater melhorias para as unidades de ensino. "O governo sugeriu a contratação de policiais militares aposentados, mas isso precisa ser discutido para que seja auto sustentável a longo prazo."
Esclareceu que não há mais ameaças identificadas pela polícia. Mas decidiu suspender as aulas na cidade pelos próximos dois dias para garantir segurança de pais e alunos.
Avançamos muito, mas claro que uma situação como essa que o indivíduo pulou o muro, não teria como impedir. É um comportamento difícil de se identificar."
Temos uma equipe de resposta psicológica e técnica para dar apoio aos pais das crianças [da creche]. Mas não sei se existe qualquer palavra para confortar um pai que vive algo assim."
O que aconteceu
Um homem de 25 anos matou quatro crianças e feriu outras cinco hoje de manhã após invadir uma creche em Blumenau com uma machadinha.
Após cometer o crime, o agressor se apresentou à Polícia Militar e foi preso. O caso ocorreu no Cantinho Bom Pastor, uma creche privada localizada no bairro Velha, que abrigava 40 crianças no momento do ataque.
O prefeito acompanhou o resgate das vítimas em frente à creche. À priori, fomos informados de que as crianças hospitalizadas não terão sequelas", complementou.
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