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Família de catador morto por militares faz acordo e receberá R$ 841 mil

Aparecida Macedo e o filho, o catador Luciano Macedo, morto por militares em abril de 2019 - Reprodução/Arquivo Pessoal
Aparecida Macedo e o filho, o catador Luciano Macedo, morto por militares em abril de 2019 Imagem: Reprodução/Arquivo Pessoal

Colaboração para o UOL, em Salvador

12/04/2023 17h53Atualizada em 12/04/2023 19h31

O acordo celebrado pela AGU (Advocacia-Geral da União) e a família de Luciano Macedo foi homologado pela Justiça Federal ontem (11).

O que aconteceu:

A família do catador receberá, ao todo, R$ 841 mil.

Com a homologação do acordo, o processo movido pela família para obter indenização foi extinto.

Do total, R$ 493 mil serão destinados para mãe de Luciano, R$ 123,2 mil para cada irmã do catador e R$ 21,7 mil a título de atrasados da pensão mensal vitalícia no valor de 1/3 do salário mínimo que será paga à mãe da vítima.

Outros R$ 3,5 mil devem ressarcir despesas com funerárias e sepultamento, além de R$ 76,4 mil em honorários.

Baleado. O catador de materiais recicláveis Luciano Macedo, 28, morreu em 2019 após ser baleado em uma ação do Exército na zona norte do Rio. Na mesma operação, morreu o músico Evaldo Rosa, que teve o carro atingido por 82 disparos realizados pelos militares.

Macedo foi ferido ao tentar ajudar Rosa e a família do músico que estavam a caminho de um chá de bebê quando tiveram o carro fuzilado.