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Mãe de jovem inocente que morreu na prisão faz protesto no TO: 'Justiça'

Jovem de 23 anos foi inocentado após ficar um ano preso e passou mal dias antes da emissão do alvará de soltura. - Reprodução/TV Anhanguera
Jovem de 23 anos foi inocentado após ficar um ano preso e passou mal dias antes da emissão do alvará de soltura. Imagem: Reprodução/TV Anhanguera

Do UOL, em São Paulo

25/04/2023 12h37Atualizada em 25/04/2023 12h37

A cozinheira Élida Pereira iniciou um protesto na manhã de hoje em frente ao prédio da Secretaria de Cidadania e Justiça de Palmas, no Tocantins.

O que aconteceu?

Élida se acorrentou ao prédio da secretaria e faz greve de fome. Ela se manifesta contra o arquivamento da sindicância que apurava a causa da morte de seu filho, Briner de César Bitencourt, que faleceu um dia antes de ser solto da Unidade Penal da capital.

"O governo do Estado foi omisso, negligente e matou o meu filho", acusou Élida em entrevista à TV Anhanguera. Segundo ela, o secretário da pasta, Deusiano Pereira Amorim, garantiu que o caso seria investigado, porém arquivou o processo afirmando que não foi apurada nenhuma atitude ilícita dos agentes da unidade.

"Eles demoraram para tirar o meu filho da cela. Meu filho foi tirado de lá quase morto. Nos dias em que ficou preso o atendimento médico foi falho, tudo foi falho. Como não tem nada ilícito?", indagou.

Élida afirma que continuará a manifestação até ser atendida pelo secretário.

Inocentado, filho morreu antes de alvará chegar

Briner morreu horas antes de ser solto da unidade penal. Ele sentiu dores no corpo e passou mal no dia 9 de outubro de 2022, tendo sido levado a uma UPA, onde faleceu na madrugada do dia 10;

O jovem de 23 anos foi inocentado após ficar um ano preso. Ele foi detido por tráfico de drogas em outubro de 2021, durante uma batida policial, e foi inocentado no dia 7 de outubro de 2022, porém o alvará de soltura só foi emitido no dia 10, após ele já ter falecido.

Briner trabalhava como entregador em aplicativos e gravava vídeos para as redes sociais.

O UOL tentou contato com a Secretaria de Cidadania e Justiça para obter esclarecimentos do caso, mas não obteve resposta. Caso obtenha, a matéria será atualizada.