Polícia do Rio acha bunker em ação contra o tráfico; 17 são presos

A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou uma espécie bunker durante operação contra traficantes em Parada de Lucas, na zona norte carioca, na manhã de hoje.

O que aconteceu:

Pelo menos 17 criminosos foram presos, sendo que 10 deles estavam escondidos no bunker. Os policiais agiram para impedir um plano de invasão de traficantes do Terceiro Comando Puro em outras comunidades dominadas por traficantes rivais.

O bunker servia como esconderijo e ficava nos fundos de um galpão onde funcionava um suposto projeto social. Para acessar o local, os traficantes precisavam rastejar. Uma escada dava acesso a outros cômodos no piso superior.

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Com os suspeitos dentro do bunker os agentes apreenderam 15 fuzis, uma metralhadora ponto 50, uma farta quantidade de munições, granadas e drogas.

A Supervia informou que, devido ao tiroteio que também atingiu Vigário Geral, bairro vizinho, alguns trens paralisaram as operações até que os disparos parassem.

A operação envolveu agentes da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) e de outras unidades do DPGE (Departamento-Geral de Polícia Especializada), do DGPC (Departamento-Geral de Polícia da Capital), do DPGB (Departamento-Geral de Polícia da Baixada), do DPGI (Departamento-Geral de Polícia do Interior) e da Core "Coordenadoria de Recursos Especiais).

Criminosos querem expandir área de atuação

O Terceiro Comando Puro é a segunda maior facção de tráfico de drogas do Rio. Os traficantes chefiados por Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, queriam expandir a área de atuação do grupo para outras comunidades na região para compor o Complexo de Israel.

A área já dominada pelo Terceiro Comando Puro no Complexo de Israel envolve as comunidades Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-Pau.

Líder do grupo criminoso, o Peixão é considerado foragido da Justiça. Contra ele já foram expedidos 10 mandados de prisões por crimes como tráfico de drogas, homicídio e ocultação de cadáver.

Na operação de hoje, os policiais prenderam membros do alto comando da facção, como Alexandre Barbosa Germano Junior, braço direito de Peixão.

O nome Complexo de Israel é em referência à religiosidade de Peixão. Ele usa símbolos como a bandeira de Israel e a estrela de Davi para demarcar os territórios dominados pela facção. Ainda segundo a polícia, o criminoso não permite que praticantes de religiões de matriz africana exerçam sua fé. Ele expulsa esses moradores, invadem e depredam centros religiosos afro-brasileiros.