Justiça concede liberdade provisória a falsa médica em São Paulo
O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) concedeu liberdade provisória à falsa médica, de 38 anos, que tinha sido presa ontem em Perdizes, na zona oeste da capital paulista. Ela utilizava o CRM de uma profissional com o mesmo nome, de 40 anos, e foi detida após a verdadeira médica marcar uma consulta.
O que aconteceu?
Marcela Gouveia pagou fiança no valor de R$ 50 mil e deverá seguir algumas medidas cautelares. São elas: comparecimento mensal em Juízo para informar e justificar suas atividades; obrigação de manter o endereço atualizado junto à Vara competente (informando imediatamente eventual alteração); e proibição de ausentar-se da cidade de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação ao Juízo, sob pena de revogação do benefício e imediato recolhimento à prisão.
Marcela Gouveia se apresentava como esteticista e utilizava o CRM de uma médica com o mesmo nome para solicitar exames e receitar medicações aos pacientes. Em suas redes sociais, em palestras e participações em eventos, ela também apresentava um CRF, identificação do Conselho Regional de Farmácia.
Segundo a polícia, ela produziu um carimbo com o próprio nome e número de registro de uma otorrinolaringologista.
A falsa médica disse que usava a identificação da profissional, pois estava na metade do curso de Medicina e, por isso não via problemas em utilizar o registro para exercer as atividades.
A suspeita também atuava como influenciadora de estética nas redes sociais, tendo mais de 86 mil seguidores. Apesar da atuação nas redes sociais, o perfil da falsa médica foi fechado após a prisão.
Como caso foi descoberto
A verdadeira médica recebeu uma denúncia pela internet de que outra pessoa se passava por ela para realizar consultas. Uma paciente procurou por uma consulta com a falsa médica e, após fazer uma pesquisa, descobriu que Marcela estava utilizando dados de outra profissional;
Diante da situação, a profissional agendou uma consulta com a falsa médica e acionou a Polícia Civil, que a acompanhou durante a consulta;
Quando Marcela iria utilizar o carimbo com o CRM da verdadeira médica, os policiais realizaram a prisão em flagrante por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica;
A falsa médica foi conduzida para a 3ª Delegacia Seccional da zona Oeste e confessou o crime. O UOL tentou contato com a clínica por e-mail e WhatsApp, mas não obteve retorno.
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