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Homem amarrado por PMs: Entidades pedem indenização de R$ 500 milhões

Do UOL, em São Paulo

07/06/2023 16h07Atualizada em 08/06/2023 08h12

Vereadoras e entidades pedem que medidas sejam tomadas sobre o caso do homem negro de 32 anos que foi detido por policiais militares e arrastado com os pés e mãos amarrados com corda, na Vila Mariana, em São Paulo.

O que aconteceu:

Quatro entidades entraram com um processo contra o estado de São Paulo, cobrando indenização de R$ 500 milhões para "ser integralmente revertida em favor da população vulnerabilizada". A Educafro Brasil, a Pastoral de Rua da Arquidiocese São Paulo, o Centro Defesa dos Direitos Humanos Padre Ezequiel Ramin e o Observatório da Aporofobia Dom Pedro Casaldáliga assinam a ação.

As instituições também requerem as seguintes medidas: afastamento imediato dos agentes envolvidos em violência, utilização de câmeras corporais por todos os policiais, revisão de uso da força na PM, monitoramento das atividades de segurança, e formação em programa que vise os direitos humanos.

As entidades também demonstraram preocupação com a pessoa responsável por filmar a abordagem, que pode ser que "esteja sofrendo ameaças como consequência de seu ato humanitário e de solidariedade. Tal conduta demonstra a urgência de garantir a segurança e a proteção daqueles que têm coragem de expor tais abusos". O caso ocorreu no domingo (4) e uma denúncia em vídeo ganhou força nas redes sociais ontem.

Já a Bancada Feminista do PSOL enviou à Secretária de Segurança Pública o requerimento para "apuração de conduta inadequada pelos agentes". O documento foi remetido também para a Secretária de Saúde, Ouvidoria das Polícias e comitê de combate à tortura.

As parlamentares pedem informações sobre o procedimento adotado e os responsáveis. Os policiais envolvidos nesse caso já foram afastados e serão alvos de inquérito, segundo a PM.

O que vimos neste vídeo é um absurdo, é um jovem negro em condições de tortura, por isso estamos questionando que tipo de procedimento é este, o porquê de ter amarrado mãos e pés e da utilização de cordas".
Paula Nunes, codeputada na Bancada Feminista