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Padre Júlio sobre homem negro amarrado: 'O que ele fez não justifica ação'

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/06/2023 09h35

Em entrevista ao UOL News, o padre Júlio Lancellotti condenou a ação de policiais militares ao deter um homem negro em São Paulo. Suspeito de ter furtado produtos em um supermercado, ele foi arrastado após ter pés e mãos amarrados com uma corda.

É uma demonstração de racismo estrutural por ser um jovem negro. O que ele fez não justifica esse tipo de tratamento. Isso mostra uma aporofobia [aversão e desprezo aos pobres] e pobrefobia. A PM tem técnicas de imobilização e isso não deve ser feito de forma violenta. Não se pode justificar com 'ah, mas ele tentou roubar'. O boletim de ocorrência é bem confuso. Padre Júlio Lancellotti

O padre reforçou que cenas como as vistas na zona sul de São Paulo são corriqueiras e mostram a existência de um "racismo estrutural entranhado nas pessoas". Para Lancellotti, não se trata de um caso isolado e mostra como a PM age de forma mais truculenta ao lidar com negros e pobres.

Se ele resistiu, deveria ser imobilizado com as técnicas que a própria polícia tem para conter uma pessoa que está agitada. Isso não é um fato isolado. É um fato documentado, que mostra uma prática recorrente e permanente. Sabemos que se esse rapaz fosse branco e vestido de uma forma diferente não seria tratado assim. Padre Júlio Lancellotti

Chico Alves: É uma pena governo ter que dar satisfação a Lira sobre investigação da PF

Chico Alves lamentou a forma como o governo se dobra a Arthur Lira (PP-AL), que cobra explicações sobre as investigações da Polícia Federal sobre seus assessores. Para o colunista, o caso mostra o poder exercido pelo presidente da Câmara dentro de um governo com base fragilizada no Congresso.

Em um país ideal, o governo não deveria satisfações a Arthur Lira sobre a atuação da PF e o presidente da Câmara ficaria preocupado em cobrar dos assessores qual a explicação deles para o que estamos vendo. Lira diz não ter nada a ver com esse caso. O medo é que essa investigação chegue até ele, que tem foro privilegiado. É uma pena o governo ter que dar satisfação a Lira sobre o trabalho da PF. Chico Alves, colunista do UOL

Chico Alves: PF pode estar perto de encontrar origem de milhões em cofre de aliado de Lira

A Polícia Federal está perto de esclarecer a origem dos milhões, em dinheiro vivo, encontrados em um cofre de um dos aliados de Arthur Lira, na opinião de Chico Alves. Para o colunista, as investigações devem fechar as pontas do escândalo de desvios na compra de kits de robótica em Alagoas.

Esse uso de dinheiro vivo nessa proporção levanta uma grande suspeita de que há alguma ilegalidade na sua origem. Normalmente se fala em lavagem de dinheiro ou pode ser outro delito. Boa coisa não é. É indício de que há alguma coisa muito errada e isso levanta a curiosidade da PF, que deve estar perto da origem desse dinheiro. Chico Alves, colunista do UOL

Madeleine Lacsko: Alcolumbre viu brecha para atropelar ministros e deixa Lula emparedado

Davi Alcolumbre aproveitou a brecha aberta por Arthur Lira para se encontrar com Lula e deixá-lo "emparedado", na visão de Madeleine Lacsko. A colunista considera que o senador atropelou os ministros Rui Costa e Alexandre Padilha para falar sobre a sabatina de Cristiano Zanin e negociar nomeações ao Planalto, deixando o presidente em situação delicada.

É uma história muito complicada quando Lira fala diretamente com Lula. Alcolumbre viu a brecha e atropelou dois [Costa e Padilha], que já não estão entregando para o governo o tipo de interlocução que seria o ideal para o governo nesse momento. Alcolumbre é um senador muito poderoso e influente. Algo precisa mudar nessa interlocução com o Congresso. Lula ficou emparedado nessa história. Madeleine Lacsko, colunista do UOL

Chico Alves: Tendência é que contas de Bolsonaro sejam aprovadas mesmo que com ressalvas

O Tribunal de Contas da União (TCU) deve aprovar com ressalvas as contas de Jair Bolsonaro em seu último ano na presidência, como explicou Chico Alves. O colunista mostrou que um relatório aponta para possíveis irregularidades, mas não devem impedir a aprovação das contas do ex-presidente.

Há um relatório preliminar apontando algumas irregularidades, talvez até ilegalidades. Apesar disso, a tendência é de que as contas de Bolsonaro em 2022 sejam aprovadas, mesmo com ressalvas. Bolsonaro não está exatamente em uma fase favorável e tudo pode mudar, mas a expectativa é que as contas de 2022, com algumas ressalvas, sejam aprovadas. Chico Alves, colunista do UOL

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