Casal gospel suspeito de aplicar golpes volta à cadeia em MG
O casal de cantores gospel Isabela Cristi Gomes Barros, conhecida como Izabela Cristy, e David Robson de Barros, voltou à detenção na última semana após descumprir "reiteradamente" as determinações judiciais.
O que aconteceu:
A dupla estava em prisão domiciliar, mas o Ministério Público pediu prisão preventiva (por tempo indeterminado) para "garantir a ordem pública". Eles são suspeitos de aplicar golpes financeiros em esquema de pirâmide.
A decisão do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) de mandar de volta à cadeia a dupla foi cumprida pela Polícia Civil na última quarta-feira (7).
Segundo a polícia, mesmo com a cautelar, vítimas de outros estados procuraram a corporação denunciando golpes do mesmo tipo, o que gerou o novo pedido de prisão preventiva.
Na decisão, o TJ cita que o casal mudou de endereço e não atendia ao contato telefônico feito pelas equipes da UGME (Unidade Gestora de Monitoração Eletrônica), área responsável por analisar o comportamento de privados de liberdade com tornozeleira.
Em audiência feita em 8 de maio, o casal alegou que a mudança de endereço aconteceu após uma tentativa de sequestro. Eles também disseram que os números telefônicos registrados na UGME estavam incorretos e que, por isso, não foram avisados dos descumprimentos citados.
No entanto, o MP lembrou que é dever do monitorado informar e manter atualizados os seus dados junto à UGME, mas isso não foi feito pela dupla investigada, apesar de terem ciência das obrigações.
O TJ considerou que Isabela e David quebraram o compromisso com a Justiça e acolheu os argumentos do MP. "Estamos diante de crimes complexos, contra o patrimônio, contra o sistema financeiro e economia popular, que envolveu várias vítimas, contando com um sofisticado modus operandi. A prisão cautelar também é necessária para assegurar a aplicação da lei penal".
São inúmeros os ofícios juntados aos autos dando conta não apenas de violação de perímetro, mas também da perda de comunicação por descarga da bateria e, ainda, tentativa infrutífera de contato telefônico com o número cadastrado, tudo indicativo do descaso e desídia deliberada dos investigados em cumprir as determinações impostas.
Decisão da juíza Sandra Sallete da Silva, do TJMG
A defesa classificou a decisão como exacerbada, diz que o casal já é monitorado por tornozeleira há mais de um ano e que vai recorrer. "Isabela e David estão organizando a estrutura da empresa, verificando os rombos deixados nas contas pelos antigos funcionários e provarão sua inocência e que não estava inadimplente com os investidores", diz a nota, assinada pelos advogados Túlio Resende Silva Santos e Rafael Bernardes de Menezes Soares.
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