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Preso por abuso e sequestro de menina em mala fez campanha contra pedofilia

Do UOL, em São Paulo

29/06/2023 19h40Atualizada em 29/06/2023 22h42

O homem investigado por sequestrar, dopar e estuprar uma menina de 12 anos no Distrito Federal fez postagens endossando campanhas contra a pedofilia nas redes sociais semanas antes de ser preso.

O que aconteceu:

O analista de TI Daniel Moraes Bittar é investigado por raptar a criança no entorno do Distrito Federal e levar para o apartamento dele na Asa Norte, em Brasília. Ele foi preso, em flagrante, por volta das 23h30 de quarta-feira (28), segundo a Polícia Militar.

Em publicação de outubro de 2022, ele compartilhou uma imagem com referência e crítica a uma fala dita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. À época, o ex-presidente disse que "pintou um clima" em um encontro com adolescentes venezuelanas que estavam no local "pra fazer programa".

Outra postagem traz uma foto de um broche da campanha "Faça Bonito", de Mobilização de Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. O símbolo é uma flor amarela e o slogan é "Faça bonito, proteja nossas crianças e adolescentes".

Nas redes sociais, Daniel publica textos autorais, muitos deles com a temática da infância e cita crianças. Após as notícias, as pessoas passaram a atacar o homem em diversas publicações.

Daniel Moraes Bittar fez posts contra pedofilia; câmeras mostraram o homem transportando a vítima em uma mala  - Reprodução - Reprodução
Daniel Moraes Bittar fez posts contra pedofilia; câmeras mostraram o homem transportando a vítima em uma mala
Imagem: Reprodução


O crime

A vítima de Daniel foi achada seminua, com diversas escoriações pelo corpo e algemada pelos pés.

Ela relatou que o homem usou uma faca para rendê-la, e que uma mulher teria colocado um pano com uma substância para dopá-la.

A polícia suspeita que o homem tenha gravado o estupro. Os equipamentos eletrônicos foram apreendidos e passarão por perícia.

Daniel Moraes Bittar era servidor do BRB (Banco de Brasília), mas foi demitido após a prisão e repercussão do caso. A instituição confirmou a demissão ao UOL. No LinkedIn, ele informa que atuava havia oito anos no banco, como analista de TI.