Casal investigado por sequestro de menina irá depor hoje, diz delegado

O casal investigado pelo sequestro de uma menina de 2 anos em São Paulo irá se apresentar hoje à tarde para prestar depoimento à Polícia Civil. A criança foi encontrada na última segunda-feira, três dias após ter desaparecido.

O que aconteceu

Dois advogados do casal foram à delegacia para combinar quando eles seriam apresentados. Os investigadores ainda tentam identificar quem seria a terceira pessoa envolvida no crime, ainda não identificada.

O casal deverá ser indiciado pelos crimes de sequestro e cárcere privado, segundo a Polícia Civil.

Um vídeo mostra o momento em que um homem se abaixa para pegar a criança. Antes, ela estava no colo da mulher dele, que havia ficado com a menina enquanto a mãe tinha ido a um bar para comprar cigarro.

Segundo a Polícia Civil, o homem levou a criança até um carro, onde uma outra mulher o aguardava no banco traseiro. Em seguida, entrou no veículo e deixou o local, de acordo com a investigação.

O crime ocorreu na última sexta-feira (30) em Santo Amaro, na zona sul da capital paulista. A menina de 2 anos foi encontrada em Santo André, na Grande São Paulo.

Os advogados disseram que o casal tem uma versão esclarecedora sobre o caso. O casal queria ter um filho, mas da forma errada."
Marcel Druzziani, delegado do 11º Distrito Policial

O que se sabe sobre o caso

Segundo a Polícia Civil, a família da menina se mudou há cinco meses do interior da Bahia para a capital paulista. A mãe da criança vende bala no semáforo. Já o pai trabalha como pintor.

De acordo com a investigação, a mulher suspeita pelo sequestro se aproximou há meses da família da menina. No dia do sequestro, ela teria combinado um local de encontro com a mãe e a criança, dizendo que ajudaria a família em situação de vulnerabilidade social pagando uma cesta básica.

A mãe da menina disse que a mulher investigada pelo sequestro dizia que queria adotar a criança, mas ela recusava os pedidos. Ela disse ainda que a sequestradora costumava dar fraldas e frutas para a filha dela.

Em um primeiro momento, a mãe da menina deu outra versão do caso, dizendo que a criança tinha sido levada à força. Depois, mudou, alegando que estava com medo de ser responsabilizada pelo sequestro.