Conteúdo publicado há 10 meses

MS: Suspeitos receberiam R$ 150 mil para matar médico, mas não foram pagos

Os três suspeitos de serem executores do médico Gabriel Paschoal confessaram o crime ao serem ouvidos pela polícia e contaram que receberiam R$ 150 mil pela ação.

O que aconteceu?

Os homens foram presos em Pará de Minas (MG), onde moravam, na segunda-feira (7), e foram levados para Mato Grosso do Sul, onde o crime ocorreu.

Os presos confessaram o crime ao delegado, informando que um deles foi responsável por amarrar o médico e outros dois por fazer s asfixia que o matou.

Os suspeitos também informaram que a quarta presa pelo crime, identificada como "Bruna", foi a mandante da ação.

Eles informaram que a Bruna era a mentora do crime e que ela iria pagar o valor de 50 mil para cada um, mas, até a data da prisão, ela não tinha honrado com todo o pagamento.
Delegado Erasmo Cubas, ao UOL

Além dos R$ 50 mil, a suspeita pagou as passagens de ida e volta de todos os suspeitos de Minas Gerais, onde moram, para Mato Grosso do Sul.

O UOL tenta contado com as defesas dos suspeitos presos. A reportagem será atualizada tão logo haja um posicionamento.

Relembre caso

Gabriel Paschoal Rossi, 29, foi encontrado morto com os pés e mãos amarrados uma semana após desaparecer em Dourados (MS).

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O médico teria sido torturado e enforcado com fios, além de ter tido um objeto perfuro-cortante introduzido na garganta, causando dilaceração. Uma meia também foi colocada na boca de Gabriel: "para não gritar, uma típica ação de tortura", disse o delegado.

"As marcas no corpo indicavam asfixia. (...) A perícia medica mostrou que ele teria agonizado por 48 horas ou mais, até realmente morrer. Os suspeitos o deixaram lá, achando que estava morto. Mas, quando foi encontrado, o corpo não tinha sinais de 7 dias de morte. A perícia mostrou que ele estava morto há 3 ou 4 dias", detalhou Cubas.

Após investigações, a polícia descobriu que ele estaria cobrando por serviços prestados a uma integrante de quadrilha de estelionatários. A mulher, identificada como Bruna, era amiga dele e devia cerca de R$ 500 mil ao médico. A polícia civil suspeita que ele ameaçou entregá-los caso não recebesse o valor.

Apesar de ter coordenado o crime, Bruna não teria ido até a casa onde o médico foi morto, segundo a polícia. Gabriel foi possivelmente atraído para o local para encontrar um conhecido da amiga e passar para ele contato de um fornecedor de drogas.

De acordo com a polícia, Gabriel fazia parte do esquema de estelionato desde a faculdade. O delegado, porém, afirma que o médico não fez "nenhuma condução fraudulenta na atividade de medicina".

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