Conteúdo publicado há 9 meses

Acidente no AM: ele fazia essa rota havia quase 10 anos, diz irmã de piloto

O piloto que comandava o avião que caiu em Barcelos, no interior do Amazonas, no último sábado (16), tinha grande experiência no trajeto e também no uso da aeronave, relata a sua irmã. Piloto, copiloto e 12 passageiros morreram na queda da aeronave.

Intimidade com trajeto e avião

O piloto foi identificado como Leandro Costa de Souza. Ele trabalhava havia quatro anos na empresa Manaus Aerotáxi, a quem pertencia o avião que caiu.

A médica Leidiana Costa Nobles afirma que seu irmão tinha grande familiaridade com o trajeto entre Manaus e Barcelos. O acidente aconteceu durante o pouso no aeroporto de Barcelos.

Ele era conhecedor da rota. Há cerca de 10 anos fazia essa rota praticamente duas ou três vezes na semana. Inclusive, no dia do acidente, na programação tinha duas vezes essa rota.
Leidiana Costa Nobles, irmã do piloto

O avião do acidente era o Embraer EMB-110P1, conhecido como Bandeirante. Ainda segundo Leidiana, seu irmão tinha muita experiência com o modelo, somando mais de 6 mil horas de voo nesse tipo de aeronave.

Leandro de Souza é de Boa Vista, mas vivia desde 2007 em Manaus, onde exercia sua profissão. Ele já havia trabalhado em três empresas de táxi aéreo na região.

O piloto deixa mulher e uma filha de 5 anos.

Como foi o acidente?

Chovia muito na área do aeroporto de Barcelos, no momento em que o avião tentou realizar o pouso, segundo autoridades do governo do Amazonas e da prefeitura da cidade. Conforme informações preliminares do governo estadual, o clima pode ter sido um dos fatores que causaram o acidente.

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Dois outros voos optaram por retornar para Manaus, mas Souza e o copiloto Fernando Galvão decidiram pousar.

A aeronave estava em situação regular, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), e tinha autorização para ser utilizada em serviços de táxi aéreo. A empresa Manaus Aerotáxi está habilitada a explorar a atividade de táxi aéreo há pouco mais de um ano, de acordo com registro na Anac.

"Avião não teve pista suficiente para frear." O secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Vinícius Almeida, afirmou que os relatos preliminares dão conta de que o avião já tocou o solo na metade da pista e não teve espaço o suficiente para pousar.

Além do piloto e do copiloto, 12 passageiros morreram no acidente. Eles eram turistas que estavam a caminho de Barcelos para praticar pesca esportiva em rios da região.

Pista tinha condições de pouso?

Reforma na pista do aeroporto de Barcelos estava programada para começar em 25 de setembro, declarou à imprensa o secretário Vinícius Almeida.

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Apesar disso, as autoridades sustentam que o local tinha condições normais de funcionamento.

A reforma na pista não é fator impeditivo para voo neste momento. Vai ter uma melhoria no aeroporto, mas pousos e decolagens estão devidamente autorizados pela ANAC.
Coronel Vinícius Almeida, secretário de Segurança Pública do Amazonas

O prefeito de Barcelos, Edson de Paula Rodrigues Mendes, também afirmou que o aeroporto tinha condições de funcionar. Segundo ele, a obra é para melhorar o asfalto da pista.

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