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Polícia prende namorado de jovem morta com tiro no peito em casa no RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu neste sábado (23) o homem suspeito de matar Jenifer Carvalho Paes, 19, encontrada morta com um tiro no peito, em uma casa na Rocinha, no fim de agosto.

O que aconteceu:

O suspeito de 22 anos foi preso em Santa Cruz, zona oeste do Rio. A polícia não divulgou o nome dele.

As provas técnicas foram fundamentais para o pedido de prisão do autor. Jenifer foi encontrada morta em 28 de agosto, na casa onde o casal vivia.

A polícia chegou a investigar o caso como suicídio, já que o homem alterou o local do crime para evitar ser responsabilizado. Em depoimento, na época, ele reforçou essa versão.

A perícia confirmou o assassinato. O laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli atestou que houve crime.

O investigado foi indiciado por feminicídio, fraude processual e posse ilegal de arma de fogo.

Relembre o caso

Jenifer foi encontrada sem vida por uma amiga que estava desconfiada do sumiço dela e decidiu ir até a residência da jovem. Eles estariam na comunidade há cerca de um mês, e já se relacionavam havia quase um ano.

A união era marcada por ciúmes, de acordo com o relato da família da vítima.

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Nas redes sociais, a mãe de Jenifer, Franciele Carvalho, disse que nunca mais será a mesma pessoa sem a filha. "O meu coração está faltando um pedaço. Você me escolheu, eu escolhi você. Me perdoa, eu sempre vou amar você, filha." Já uma prima da jovem, também em uma rede social, se despediu de Jenifer: "Obrigada por fazer parte das minhas boas memórias, vou sempre amar você, prima. Descanse em paz".

Pai diz que ela era agredida por namorado

Segundo Rodrigo Carvalho, pai de Jenifer Carvalho Paes, a filha e o namorado viviam um relacionamento conturbado. A união era marcada por muito ciúme, brigas e violência. Ele disse que recebeu uma ligação da filha, dizendo que precisava de ajuda.

Ela mandou foto para o pai com a cabeça machucada. Ao UOL, Rodrigo Carvalho contou que a filha chegou a enviar uma foto da cabeça machucada, após sofrer as agressões. Ele diz que não conhecia muito bem o rapaz e que a filha já havia ligado pedindo ajuda para comer.

O casal estava junto há cerca de quatro meses, e se conheceu no morro do Juramento. Quando os dois brigavam, Jenifer ia para a casa de uma amiga, também moradora da Rocinha. Segundo o pai, o namorado sempre a procurava quando isso acontecia.

O pai conta que o rapaz chegou a ligar para a mãe da vítima dizendo que a Jennifer estava morta. A família da jovem também acredita que ele tenha envolvimento com o tráfico local. Assim que soube do crime, o pai foi até o local para ver o corpo da filha e se assustou com a cena.

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Ele ligou para falar que ela estava morta, mas que ela tinha tirado a própria vida. Ela estava sentada na beirada da cama, com a cabeça baixa e um tiro no peito. As condições eram precárias. Era um cômodo pequeno, com uma cama e um armário, com dois pedaços de pão na pia. Foi o que deu para focalizar naquele momento. Lembrando que não tinha nenhuma arma próxima ou corpo dela.
Rodrigo Carvalho, pai de Jenifer Carvalho Paes

Em caso de violência doméstica, procure ajuda

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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