Mulher é indiciada por esconder corpo em geladeira por 7 anos em Sergipe
Uma mulher de 37 anos que escondeu o corpo de um advogado na geladeira por pelo menos sete anos, foi indiciada por ocultação de cadáver e maus-tratos contra a própria filha, de quatro anos, encontrada no apartamento da investigada. O corpo foi localizado em um imóvel no bairro Suíssa, em Aracaju, em 20 de setembro.
O que aconteceu:
O relatório das investigações foi encaminhado à Justiça e ao Ministério Público. "Nós ratificamos o indiciamento da investigada por ocultação de cadáver e por maus-tratos contra a filha. Diante de tudo que foi apurado no decorrer das investigações, já havia nos autos fartos indícios a justificar o indiciamento", explicou o delegado Tarcísio Tenório, à frente do caso. A vítima foi identificada como sendo o jornalista e advogado Celso Adão Portella, que hoje teria 80 anos.
A mulher, que é técnica de enfermagem, está internada no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico. A informação foi divulgada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, nesta terça-feira (3).
Em um novo depoimento à polícia, ela esclareceu que não matou a vítima. "Ela negou ter praticado qualquer ato criminoso no sentido de tirar a vida do companheiro. No entanto, ela continuou admitindo que apenas ocultou o cadáver com receio de ser responsabilizada. Então, aguardaremos a conclusão dos trabalhos periciais, mas o inquérito já foi remetido", complementou Tarcísio Tenório.
O delegado também acrescentou que também ouviu familiares da vítima no decorrer da investigação. Tenório disse ainda que, independentemente das avaliações dos processos referentes à saúde mental da investigada, o inquérito encontra-se remetido à Justiça. "Já quanto à criança, ela está sob cuidados da família. O Conselho Tutelar vem acompanhando a situação e todas as providências estão sendo tomadas", acrescentou.
Ainda há exames periciais sendo realizados pelo Instituto Médico Legal e pelo Instituto de Análises e Pesquisas Forenses. "E também há pendências de alguns laudos como de local de morte pelo Instituto de Criminalística. Esse conjunto de elementos, assim que nos forem remetidos, serão encaminhados à Justiça para que o Ministério Público possa formar sua opinião", disse o delegado.
O UOL não localizou a defesa da investigada. O espaço segue aberto para manifestação.
Relembre o caso
A polícia descobriu o crime durante uma reintegração de posse.
O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição quando o oficial de Justiça entrou na casa da suspeita.
A mulher tentou cortar os próprios pulsos, sendo encaminhada para um hospital e presa em flagrante em seguida, informou a polícia.
Na delegacia, a mulher contou que escondeu o corpo na geladeira em 2016, mas negou ter causado a morte da vítima.
Ela identificou a vítima como um idoso que morava com ela.
Ela fala que não matou, que eles conviviam em harmonia e que ela teria saído para trabalhar, e quando ela teria retornado para o apartamento em que eles viviam, ela teria encontrado ele morto. Por medo do julgamento das pessoas, ela informa que teria guardado o corpo dele na geladeira, porque ela ficou com medo do que as pessoas poderiam dizer a respeito dela.
Roberta Fortes, delegada do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa de Aracaju
A suspeita morava com a filha na casa. A menina foi entregue para o Conselho Tutelar e ficará com um membro da família.
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Quero receberOs vizinhos relataram que sentiam mau cheiro por causa do acúmulo de lixo no local, mas que não sentiram o cheiro do cadáver no tempo em que viveram ali.
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