Falsos garis cobravam caixinha por limpeza na zona leste de São Paulo

Um grupo de quatro pessoas que se passavam por garis e cobravam indevidamente por serviços de limpeza foi identificado pela Subprefeitura de Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo.

O que acontece

Os falsos garis atuavam na região da Vila Cisper no último dia 26. De acordo com a Prefeitura de São Paulo, os quatro homens vestiam "uniformes similares aos dos funcionários da limpeza urbana" e "pediam caixinha em troca de serviço de capinação".

Vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o grupo em ação. Nas imagens divulgadas por Ozziel Souza, subprefeito de Ermelino Matarazzo, 3 das 4 pessoas uniformizadas conversam com dois representantes da prefeitura.

Nenhum dos membros do grupo tinha antecedentes criminais. A informação é da prefeitura. Segundo o órgão, Souza não registrou boletim de ocorrência relacionado ao caso, embora tenha acionado a Guarda Civil Metropolitana ao identificar os falsos garis.

Limpeza urbana na região está a cargo da Corpus. Além de Ermelino Matarazzo, a empresa cuida do serviço nas regiões de Cidade Tiradentes, Guaianases, Itaim Paulista, Itaquera, São Mateus, São Miguel Paulista e Sapopemba — todas na zna leste de São Paulo.

A Corpus diz que golpe é comum no fim de ano. De acordo com a empresa, com a aproximação do período de festas, "golpistas se utilizam de antigos uniformes ou versões similares, muito comuns e de fácil acesso no mercado para compra, para pedir dinheiro ou colher informações sobre munícipes".

"Não é permitido a entrada de colaboradores em residências privadas para coleta de resíduos ou capina", diz a Corpus. A empresa pede aos cidadãos que façam denúncias caso encontrem falsos trabalhadores da limpeza em ação.

O que dizem os envolvidos

Identifiquei 4 indivíduos vestidos como funcionários da Corpus [...]. Estavam cobrando dos moradores pelos serviços de limpeza de ruas e capinação de calçadas. É fundamental esclarecer essa situação para evitar qualquer tipo de fraude e proteger nossos vizinhos
Ozziel Souza, subprefeito de Ermelino Matarazzo, em post no Instagram

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Eles [falsos garis] pediam caixinha em troca de serviço de capinação. Nenhum deles tinha antecedentes criminais. O subprefeito não registrou boletim de ocorrências
Prefeitura de São Paulo, em nota enviada ao UOL

Os colaboradores da Corpus só saem às ruas com o uniforme completo (boné, farda e botina), com equipamentos de proteção e portando crachá de identificação. No contrato de São Paulo, garis, bueristas e auxiliares utilizam uniformes na cor laranja designada em contrato, e os motoristas seguem o tom de azul
Corpus, em nota enviada ao UOL

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