Conteúdo publicado há 8 meses

Presidente da Enel diz ser 'impossível' prever restabelecimento total em SP

O presidente da Enel SP, Max Xavier Lins, disse ser "impossível" prever volta da distribuição de energia em todo o estado de São Paulo. A declaração foi dada hoje em entrevista à GloboNews.

O que aconteceu

"Evidentemente, é impossível você prever uma restauração de uma rede", disse Lins. A previsão inicial da Enel era de que o restabelecimento total do fornecimento de energia no estado ocorreria até a noite de hoje.

Segundo Max Xavier Lins, as equipes em campo só podem concluir os trabalhos após a remoção das árvores que caíram sobre a rede. "Hoje pela manhã eu estava com a minha equipe e vendo. Ainda há 44 árvores de grande porte sobre a rede elétrica", destacou.

O presidente da concessionária disse ainda que discute com a Prefeitura a viabilidade do enterramento de fios. Lins afirmou que a preocupação é se uma cobrança não pesaria mais para os paulistanos de baixa renda. Isso porque, segundo ele, esse tipo de instalação custa de 8 a 10 vezes mais que a rede aérea.

Começamos a estudar isso [enterramento] com a equipe do prefeito Ricardo Nunes um ano atrás. Inclusive, íamos ontem ter mais uma reunião com a presença dele. Tivemos que cancelar por conta da reunião no Palácio dos Bandeirantes. A ideia é analisar meios para viabilizar isso. A Agência Nacional de Energia Elétrica tem que autorizar. E isso tem um custo. Existem várias possibilidades, as análises estão em curso. Max Xavier Lins, presidente da Enel SP, em entrevista à GloboNews

Enel diz que 200 mil imóveis seguem sem luz

Cerca de 200 mil imóveis continuam sem energia elétrica na região da Grande São Paulo, segundo o último boletim divulgado pela Enel, na manhã de hoje.

A previsão da empresa é que toda a população afetada, que chegou a 2,1 milhões no pico de desabastecimento, tenha energia até esta terça-feira (7).

No início da tarde de hoje, a falta de energia também afeta o abastecimento de água em Cotia, Jandira, Vargem Grande Paulista e Pirapora do Bom Jesus. Em Osasco, os reservatórios estão em recuperação.

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Falta de luz ocorreu após um temporal atingir São Paulo na última sexta-feira (3). As chuvas derrubaram centenas de árvores no estado e foram registradas rajadas de vento superiores a 100 km/h pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de São Paulo. A velocidade é a maior que se tem registro desde 1995, quando os dados começaram a ser computados pelo órgão.

Inúmeros foram os relatos de pessoas que precisaram se hospedar em hotéis desde sexta-feira (3) ou perderam tudo o que estava na geladeira. Uma idosa de 89 anos que usa respirador teve que passar a noite em um hospital porque estava sem luz em casa.

Serviços de telefonia, internet e abastecimento de água também foram afetados. Moradores da capital e da região metropolitana relataram falta de água, sinal de internet e dificuldade para fazer ligações inclusive para a Enel.

Secretaria diz que 25 escolas ainda não têm luz

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou que 25 escolas estaduais seguem sem fornecimento de energia. São 14 unidades na capital e 11 no interior do estado. Outras 14 unidades escolares estão com aulas presenciais suspensas e atendem os alunos remotamente.

Chuvas em São Paulo deixaram 8 mortos

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros de São Paulo confirmaram oito mortes causadas pelas chuvas que atingiram o estado na última sexta-feira (3).

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A nova vítima confirmada morreu na cidade de Ibiúna, no interior de São Paulo. Uma pessoa estava internada após ser atingida por uma árvore que caiu e não resistiu.

Outras sete pessoas morreram em seis cidades. As mortes foram registradas em São Paulo, Suzano, Osasco, Santo André, Limeira e Ilhabela. Na capital, duas vítimas estavam em um carro atingido por uma árvore que caiu. As outras cinco cidades tiveram uma morte cada, segundo a Defesa Civil.

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