Conteúdo publicado há 11 meses

Governo de SP decreta ponto facultativo em dia da greve do Metrô e CPTM

O governo de São Paulo decretou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital amanhã (28), quando está prevista greve de trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp.

O que aconteceu

A gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) quer evitar remarcações de consultas e exames que estavam agendados pela população. A medida não vale para servidores da segurança pública e educação, e os serviços de restaurantes e postos móveis do Bom Prato também não serão afetados.

As consultas em unidades de saúde da capital e do estado terão seus reagendamentos garantidos, segundo o governo. O mesmo vale para postos do Poupatempo.

Tarcísio acionou Justiça contra greve. A gestão estadual pedia que 100% dos funcionários trabalhem nos horários de pico. No restante do dia, o governo queria que pelo menos 80% sigam em seus postos de trabalho.

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) atendeu parcialmente o pedido do governador. A Justiça determinou que 80% dos funcionários devem trabalhar no horário de pico, e 60% no restante do dia. Se os percentuais forem descumpridos, pode ser aplicada multa diária de R$ 700.000.

Procurado pelo UOL, o vice-presidente do sindicato dos metroviários, Narciso Soares, disse que a categoria só vai se manifestar após a audiência de conciliação no TRT. "Lamento que a decisão tenha sido tomada antes de uma conversa", acrescentou a presidente da entidade, Camila Lisboa.

O governo de São Paulo diz que a paralisação tem "interesse político". "A pauta principal dos sindicatos não está ligada a causas trabalhistas", afirmou a gestão estadual, em nota. Os metroviários rebateram a crítica e atacaram "modelo privatista". "Mesmo com mais dinheiro, apresenta maiores falhas, dando prejuízo tanto ao estado quanto à população", publicou a entidade nas redes sociais.

Metroviários têm reunião com o TRT

O sindicato dos trabalhadores do Metrô tem uma reunião no TRT. A audiência de conciliação está marcada para às 15h45 de hoje. A categoria diz que vai reafirmar sua proposta de catraca livre como condição para seguir trabalhando amanhã. Às 17h, há uma reunião marcada com o governo estadual, sem intermediação da Justiça.

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"Solicitamos via ofício a prefeitura e o governo do estado uma reunião para debater o funcionamento da cidade durante esse dia de protestos, também no intuito de que a população possa transitar", disse Camila Lisboa, presidente dos metroviários, ao UOL.

Greve unificada é contra privatizações e terceirizações. O sindicato dos trabalhadores do Metrô de São Paulo anunciou que decidiu aderir à greve unificada na semana passada.

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