Menino de 3 anos é achado morto em van escolar em SP; motorista é presa
Uma criança de três anos foi encontrada morta dentro de uma van escolar na Mooca, na zona leste de São Paulo.
O que aconteceu:
O menino estava embaixo do banco da van escolar, segundo informações iniciais da Polícia Militar.
A motorista foi presa em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Por volta das 16h, a motorista da van, identificada como Luciana Feliciano, foi retirar o menino da escola quando foi informada por uma funcionária da unidade escolar que a criança não havia sido levada para o local nesta segunda-feira. A ocorrência foi na rua Barra do Turvo com a rua Sussui.
Ao voltar para o veículo, a motorista encontrou a criança embaixo do banco, já morta.
Quando as viaturas chegaram no local, a criança já estava com sinais de rigidez cadavérica, o que indica que a morte teria ocorrido há algumas horas, informou o Capitão Anderson, da PM, ao Brasil Urgente (TV Bandeirantes).
Um vídeo mostra uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e viaturas da Polícia Militar no local onde a van escolar estava. Parte da rua foi isolada pelos agentes. O registro foi divulgado pela página Viva ABC, no Facebook.
O pai da criança compareceu ao local onde a van ficou estacionada e estava "desolado", segundo o repórter da página Viva ABC.
A tarde desta segunda-feira (18) foi de forte calor. Às 14h (horário de Brasília), os termômetros registraram 32ºC na cidade de São Paulo, segundo o Climatempo. A temperatura máxima ao longo do dia será de 33ºC, sem contar a sensação térmica. Alguns termômetros de rua marcaram 35ºC no centro da capital paulista.
A ocorrência está sendo apresentada no 8ºDP (Brás).
Procurados pelo UOL, os advogados Jesué Hipólito Fernandes e Rodrigo Hipólito Fernandes, que fazem a defesa de Luciana, informaram que, "em respeito a cliente, nos reservamos a não prestar informações sobre o caso".
Van escolar era particular, diz prefeitura
A van escolar em que o menino foi achado morto é particular e não está vinculada ao transporte escolar gratuito do município, informou a Prefeitura de São Paulo, a partir de informações do DTP (Departamento de Transportes Públicos).
O DTP irá instaurar o processo administrativo para cassar o cadastro municipal de condutores escolares das motoristas vinculadas ao veículo, bem como da licença da van escolar. O órgão acompanha o trabalho policial. "Cabe destacar que a contratação da van escolar privada ocorre entre o condutor e o responsável pela criança, não havendo intermediação da prefeitura."
Documentações estão regulares, diz prefeitura. "O veículo, com fabricação em 2015, está cadastrado no sistema para o transporte escolar privado, e em situação regular. O veículo escolar passou por vistoria em março de 2023 e foi aprovado. Já a licença para o transporte escolar é válida até 08 de fevereiro de 2024. A documentação das motoristas é regular."
Newsletter
PRA COMEÇAR O DIA
Comece o dia bem informado sobre os fatos mais importantes do momento. Edição diária de segunda a sexta.
Quero receberA prefeitura disse lamentar o ocorrido e informou que a DRE (Diretoria Regional de Educação) acompanha o caso, enquanto a NAAPA (Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família.
Segundo caso em pouco mais de um mês
O caso ocorrido nesta segunda-feira é o segundo em pouco mais de um mês na capital paulista. No dia 14 de novembro, outro menino, de dois anos, morreu após ter sido esquecido em uma van escolar no bairro da Vila Maria, na zona norte de São Paulo.
A van em que o garoto estava passou o dia em um estacionamento. A motorista da van disse à polícia que buscou o menino em casa pela manhã para levar à escola. Ela só percebeu que esqueceu a criança no veículo por volta de 16h, quando iria iniciar o processo de buscar crianças na escola no fim do dia.
A criança foi levada até o Hospital Vereador José Storopolli pelo próprio motorista, mas chegou sem vida à unidade de saúde, segundo informações da Polícia Militar.
O motorista e a esposa dele, que era auxiliar do transporte, chegaram a ser presos, mas foram liberados pela Justiça de São Paulo sob medidas cautelares. Em nota ao UOL na ocasião, a defesa afirmou que o casal "lamentava muito o ocorrido e pretendia ajudar a família da criança, apesar de saber que isso não irá trazê-lo de volta".
A avó de Apollo, Luzinete Rodrigues dos Santos, disse que a morte do neto foi "irresponsabilidade" do casal que cuidava pelo transporte escolar. A declaração foi dada à TV Globo.
Deixe seu comentário