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Após colapso, solo na região de mina da Braskem afunda 29,5 cm em 10 dias

O solo na região de mina da Braskem, em Maceió, afundou quase 30 centímetros em dez dias, informou a Defesa Civil municipal.

O que aconteceu

A medição foi feita por um novo equipamento instalado no local, segundo o órgão. A velocidade de afundamento é de 0,69 mm por hora.

Nas últimas 24 horas, o solo sofreu um movimento de 16,66 mm. A mina 18 colapsou no dia 10 de dezembro deste ano — 24 horas antes de romper, a região sofreu afundamento de 12,5 cm.

"O órgão permanece em alerta e por precaução a recomendação continua: a população não deve transitar na área desocupada", diz a Defesa Civil. As análises são baseadas em "dados contínuos", de acordo com o governo municipal.

Entenda o caso

A exploração de sal-gema por anos da Braskem no solo da capital alagoana deixou o terreno instável. Ao menos desde 2010, pesquisadores alertam sobre o risco de desabamento na região.

O sal-gema é um cloreto de sódio utilizado para produzir soda cáustica e PVC. As atividades foram encerradas em 2019, mas nem todas as minas foram preenchidas. A região teve que ser evacuada — ao menos 60 mil moradores saíram de suas casas.

A Braskem também nunca assumiu a responsabilidade do afundamento de bairros, conforme mostrou reportagem do UOL. A empresa afirma que "vem adotando todas as medidas necessárias para mitigar, compensar ou reparar impactos decorrentes da desocupação de imóveis nos bairros de Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro, Mutange e Farol" e que e, junto das autoridades, monitora a situação no local.

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