'Tristeza e alívio', diz irmã de vítima do helicóptero em Paraibuna
Familiares dos ocupantes do helicóptero que caiu em Paraíbuna contaram que ainda tinham esperança de encontrar os parentes vivos, classificaram a localização dos corpos como um 'misto de tristeza e alívio' e revelaram ter descoberto o acidente pela imprensa. As famílias acompanharam a chegada das vítimas ao IML neste sábado (13).
O que disseram os parentes das vítimas
É um misto de tristeza e alívio. Tristeza pela morte, mas finalmente o encontramos e vamos poder dar um final digno ao corpo do meu irmão. Eu imaginei que eles pudessem ter feito um pouso de emergência e estavam na mata buscando uma saída. Então, sexta em especial foi um dia muito difícil para nós
Herika Torres, irmã de Raphael Torres
Meu filho viu um post do Instagram delas no helicóptero. Só na segunda-feira, dia 1 de janeiro, que vimos na televisão a notícia de que um helicóptero havia caído. Fomos então no Campo de Marte e, por meio de uma gravação das câmeras de segurança, constatamos que eram elas. Ali começou nosso pesadelo
Silvia Santos, irmã de Luciana Rodzewics e tia de Letícia Rodzewics Sakumoto
Os corpos de Raphael Torres, Luciana Rodzewics, Letícia Rodzewics Sakumoto e do piloto Cassiano Tete Teodoro foram foram para o IML de São José dos Campos (SP) neste sábado (13), chegando ao local por volta das 14h30. Eles devem ser encaminhados ao IML de São Paulo às 18h.
Os quatro ocupantes do helicóptero foram encontrados junto dos destroços da aeronave na sexta-feira (12). Os corpos estava em Paraibuna (SP), município a 127km da capital paulista.
A advogada do piloto Cassiano também acompanhou a chegada dos corpos. A defensora, no entanto, preferiu não falar com a reportagem.
Localização dos corpos
O helicóptero partiu no dia 31 de dezembro do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Ilhabela (SP). Após um pouso de emergência próximo a represa de Paraibuna, ele levantou voo novamente, perdendo contato.
Destroços da aeronave foram localizados no bairro do Pinhal, avistados por agentes da Polícia Militar, que sobrevoavam a região a bordo do Águia 24. Ninguém sobreviveu.
Força Aérea Brasileira, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros de São Paulo estiveram em Paraibuna. Uma base improvisada foi montada próximo à cena do acidente, em uma área livre na pousada Morada dos Deuses, para agilizar os trabalhos. No entanto, o ambiente de mata fechada, a chuva e a densa neblina atrapalharam o serviço de resgate dos corpos dos quatro tripulantes, que só foram retirados na manhã de sábado (13).
Peritos tiveram de acessar a mata a pé. Não era possível sobrevoar com segurança o local do acidente.
Despedidas
O corpo de Rafael deve ser enterrado no Cemitério do Horto Florestal, já o de Luciana e Letícia, no Memorial Parque-Jaraguá, em São Paulo. Não há informações sobre a despedida do piloto.
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