Conteúdo publicado há 5 meses

Morte de galerista americano no Rio é destaque na imprensa internacional

A imprensa internacional repercutiu a morte do galerista norte-americano Brent G. Sikkema, no Rio de Janeiro.

O que aconteceu

O The New York Times disse que a galeria de Brent ajudou a construir a carreira de vários artistas. "A galeria manteve uma lista pequena, mas influente, que ajudou a construir a carreira de artistas como Walker, que apresentou sua primeira exposição individual em Nova York há quase 30 anos e continua expondo na galeria. A lista de outros artistas notáveis inclui Hicks, Louis Fratino e Jennifer Packer", destaca.

Morte antes de exposição. O jornal norte-americano também destacou que a morte do galerista antecede uma "exposição importantíssima" de um dos principais artistas da galeria. Jeffrey Gibson representará os EUA na Bienal de Veneza, em abril. A exposição é como a versão artística das Olimpíadas.

O Daily Mail lembrou da relação do galerista com a ex-primeira dama dos Estados Unidos Michelle Obama. "Sikkema também trabalhou com Anohia, Tony Feher, Sheila Hicks, Jennifer Packer, Deana Lawson, Mark Bradford, Amy Sillman, Shahzia Sikander e Arlene Shechet", pontuou o jornal britânico.

O que se sabe sobre a morte

Brent foi encontrado morto dentro de casa. O corpo tinha perfurações de arma branca, informou o Corpo de Bombeiros.

Casa fica em bairro nobre da cidade do Rio. Brent morava no Horto, na rua Abreu Fialho, na altura do número 15. A casa dele era um sobrado do início do século 20, que foi reformado por ele, mantendo as características originais.

Caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital. "Os agentes vão ouvir testemunhas, estão em busca de mais informações e realizam demais diligências para esclarecer o caso", disse a polícia em nota.

Quem era Brent Sikkema

Brent G. Sikkema ao lado da ex-primeira-dama dos EUA Michelle Obama
Brent G. Sikkema ao lado da ex-primeira-dama dos EUA Michelle Obama Imagem: Reprodução
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O galerista Brent G. Sikkema, 75, tinha uma longa trajetória no universo das artes plásticas. Vivendo entre Nova Iorque e Rio de Janeiro, Brent deixa o marido e um filho.

Ele era coproprietário da Sikkema Jenkins & Co. A galeria foi fundada em 1991 como Wooster Gardens, uma referência à sua localização na Wooster Street, em SoHo. Em 1999, a galeria mudou para o distrito artístico de West Chelsea e passou por uma reforma e ampliação.

O Rio era como "a segunda casa" dele. Foi assim que ele definiu em uma publicação nas redes sociais.

"Não me lembro de uma cidade tão constantemente difamada pela imprensa internacional como a minha segunda casa, o Rio de Janeiro. É verdadeiramente vergonhoso difamar esta grandiosa cidade - suas pessoas e a sua cultura extraordinária", escreveu ele, em agosto de 2016. Nas suas publicações, ele ainda citou Clarice Lispector como uma das escritoras favoritas.

Foto com artistas americanos — e até a Michelle Obama. Brent também utilizava o Instagram para mostrar visitas e passeios ao lado de artistas, como a pintora Kara Walker. Além dela, Brent também posou ao lado da ex-primeira-dama dos Estados Unidos "Mal posso esperar até que ela saia daquela jaula dourada e esteja livre!", escreveu, em 2015, quando Barack Obama ainda era presidente do país.

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