Conteúdo publicado há 10 meses

Suspeito de matar menina de 12 anos em BH tem prisão mantida pela Justiça

O suspeito de matar a menina de 12 anos encontrada em uma rua de Belo Horizonte seguirá preso.

O que aconteceu

A prisão em flagrante foi convertida para preventiva. A decisão é da juíza Juliana Miranda Pagano, em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (18).

Gravidade do crime e inconsistências no depoimento do suspeito de 25 anos. A juíza destacou o fato de o suspeito ter levado uma menina de 12 anos para dentro de casa "que sequer conhecia, dizendo pretender ajudá-la, porém, o que consta dos autos é que posteriormente, (...) a vítima veio a sair da casa do autuado, contudo, carregada pelo mesmo e, simplesmente, colocada no passeio de residência do autuado, ao que tudo indica, já sem vida", disse.

A vida da vítima teria sido encerrada antes mesmo da chegada do Samu, conforme relato do médico do Samu. Tem-se, mais, que após largá-la no chão do passeio em frente em sua casa, o autuado retornou para ao interior de sua residência
Juíza Juliana Miranda Pagano, em decisão

Versão do suspeito

Em audiência de custódia ele voltou a dizer que conheceu a menina no mesmo dia e que a levou para casa a fim de ajudá-la. Segundo o suspeito, ela estava consumindo "loló" - um tipo de droga - e passou mal. Ainda na versão dele, ela passou mal dentro da casa, e ele a teria levado para fora de casa para pedir socorro. Ele disse também que acionou o Samu e que uma pessoa que passava pela rua ajudou a menina até a chegada do socorro.

Na decisão, a juíza destacou, porém, que imagens das câmeras de segurança não corroboram a versão apresentada por ele. A decisão também cita os antecedentes criminais do acusado, que já responde por outros dois processos.

"Além do exposto, denota-se que o flagrateado foi preso em flagrante em 8/12/2022 e 16/11/2023, sendo que nesta ultima, foi preso em flagrante pela prática do delito de tráfico de drogas, ocasião em que teve prisão em flagrante convertida em preventiva, sobrevindo a sua liberdade em 12/12/2023, oportunidade em que lhe foram impostas as medidas cautelares diversas da prisão, tudo isso corrobora a necessidade de conversão da prisão em flagrante em preventiva, para garantia da ordem pública", finalizou.

Além disso, o homem alegou ter sofrido agressões de outros presos, com conivência dos policiais penais. Para apurar esta denúncia, a juíza determinou que a Promotoria de Direitos Humanos e o Ceresp Gameleira sejam oficiados.

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O UOL procurou a Defensoria Pública de Minas Gerais, que faz a defesa do suspeito. Caso tenha retorno, esta nota será atualizada.

Polícia aguarda laudo

A Polícia Civil aguarda laudo para determinar o que aconteceu na casa. Só então será possível determinar se a menina usou drogas, como alega o suspeito, e se houve abuso sexual, explicou o delegado Leandro Alves Santos.

Corpo não tinha sinais externos de violência. "Por isso que a gente precisa dos exames para saber com relações a possíveis lesões internas", explicou o delegado Leandro Alves Santos.

O local onde o corpo foi encontrado era usado para uso de drogas e prática sexual. "Foram encontradas outras substâncias lá, mas para a gente poder ligar o que foi encontrado à causa ou não da morte, a gente também vai precisar do laudo", esclareceu o delegado.

O caso

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Uma câmera de segurança registrou o momento em que a menina entra na casa do suspeito, por volta das 10h13 da manhã. Horas depois, entre 13h13 e 13h30, o homem é gravado saindo da casa com a menina no colo, desacordada e a deixa na calçada.

Vizinho reconheceu o suspeito como seu sobrinho e entregou as imagens para a PM. O homem, que não teve a identidade divulgada, foi preso por suspeita de homicídio e encaminhado para a Central de Flagrantes, na região leste de Belo Horizonte.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas a morte da garota foi constatada ainda no local. O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para determinar a causa.

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