Conteúdo publicado há 11 meses

Vídeo antigo de PM agredindo jovem repercute e corporação afasta oficial

Um policial militar do Paraná foi afastado das suas funções após a corporação tomar conhecimento de um vídeo, registrado em 2017, em que o oficial é visto em cena de tortura gravada dentro de um batalhão da PM em Matelândia (PR).

O que aconteceu

O soldado foi afastado da PMPR no domingo (21). Ao UOL, a Polícia Militar do Paraná esclareceu que, apesar de o vídeo ser antigo, a corporação só tomou conhecimento das imagens em janeiro deste ano. A PM não divulgou a identidade do agente.

O PM aparece no vídeo segurando os pés de um preso agredido por outro policial com um bastão. O policial que filmou a agressão e o que bateu no preso já não integram a Polícia Militar do Paraná desde 2019. Eles já haviam participado de outra agressão, filmada em abril de 2017, a outro preso. O episódio também ocorreu dentro do batalhão da PM em Matelândia.

Imagens mostram quatro homens encostados em uma parede do batalhão da PM. Um deles apanha no pé e nas pernas. O vídeo mostra que ele pede para o oficial parar, mas os agentes ordenam que ele não se mexa.

PM instaurou um Inquérito Policial Militar. Após a repercussão do vídeo nas redes sociais, o policial foi identificado no serviço ativo, sendo determinado o seu afastamento das funções operacionais para que os fatos sejam apurados.

Preso torturado com luva cirúrgica

Duas gravações distintas repercutiram nas redes sociais nos últimos dias. Segundo a PM, após análise preliminar da Diretoria de Inteligência, foi constatado que as imagens são de dois vídeos de datas diferentes.

Um dos vídeos mostra dois presos algemados no batalhão da PM. Um deles está com uma luva cirúrgica na cabeça. Nas imagens, é possível perceber que o preso está com dificuldade de respirar. O policial também bate no rosto do homem. Quem está gravando a cena é outro policial militar. Após as agressões, ele pergunta: "Gostou do saco?"

A Polícia Militar do Paraná diz que tomou conhecimento desse vídeo em 2019. Os dois PMs envolvidos na gravação foram condenados. Eles responderam processo administrativo expulsório e criminal.

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Um deles pediu baixa das fileiras da PMPR em junho de 2019. Após apuração em Inquérito Policial Militar e consequente ação penal, ele foi condenado a três anos, oito meses e 24 dias de reclusão e perda do cargo público pela prática do crime de tortura.

O outro envolvido respondeu a processo administrativo e foi expulso da corporação. Na esfera criminal, foi condenado a um ano, seis meses e 20 dias de reclusão e perda do cargo público pela prática de tortura.

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