Polícia volta atrás e pede soltura de PM preso por morte de policial no RJ
A Polícia Civil do Rio de Janeiro pediu a soltura do subtenente da Polícia Militar Wilson Sander Lima dos Santos, 50, preso na quarta-feira (7), sob suspeita de estar envolvido no assassinato da policial militar Vaneza Lobão, em novembro de 2023.
O que aconteceu
Um dia após pedir a prisão de um dos policiais suspeitos de planejar o crime, a Polícia Civil pediu a revogação. Nesta quinta-feira (8), a Delegacia de Homicídios da Capital representou pela soltura de Wilson Sander Lima dos Santos.
Pedido foi feito após oitiva do preso. Segundo a corporação, durante depoimento, ele explicou e comprovou os questionamentos feitos. Ele havia sido apontado como suspeito, tendo em vista que pesquisou e monitorou o veículo da vítima, mas, explicou que o monitoramento era parte de seu trabalho, uma vez que o veículo costumava ficar estacionado no batalhão em que o militar trabalhava.
Polícia diz que não há suspeita sobre o subtenente. "A Polícia Civil esclarece que a prisão temporária é um instrumento para auxiliar nas investigações e, durante esta etapa, restando concluído que não há mais suspeita sobre o detido, é pedida a revogação da prisão, como ocorreu neste caso. A investigação continua para apurar o envolvimento de outras pessoas no crime", informou a corporação em nota.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro não informou se ele já foi solto. Em nota, a assessoria de imprensa do TJRJ esclareceu que o caso está em segredo de justiça.
Dois mandados de prisão temporária foram cumpridos na quarta-feira (7). Além da prisão de Wilson Sander Lima dos Santos, policiais da Delegacia de Homicídios e da 8ª Delegacia Policial Judiciária Militar, da Polícia Militar, prenderam também o subtenente Leonardo Vinício Affonso por envolvimento com o crime. Leonardo permanece preso.
Relembre o caso
A policial militar foi alvo de uma emboscada na porta de casa, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. No momento do ataque, ela saía de casa com a esposa. a agente que investigava milícias que atuam na zona oeste do Rio de Janeiro.
A área em que Vaneza morava é dominada pela milícia de Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho. A milícia é considerada o maior grupo paramilitar do Rio.
A quadrilha é uma das investigadas pela unidade onde a cabo trabalhava. À época, o governador Cláudio Castro (PL) disse que a principal linha de investigação é que ela tenha sido alvo de um atentado organizado por milicianos.
No local do crime foi encontrado um estojo de pistola no calibre .40. O lote da munição foi adquirido pela Polícia Militar em 2009.
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