SP oferece R$ 50 mil a quem tiver informação sobre suspeito de matar PM
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirma que identificou um suspeito de ter matado o policial da Rota Samuel Cosmo, em Santos, no litoral, e oferece pagamento a quem tiver informações sobre ele.
O que aconteceu
A recompensa é de R$ 50 mil para quem tiver "informação privilegiada" que leve a polícia a capturar Kaique Coutinho do Nascimento, que seria conhecido como Chip. Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, Nascimento tem antecedentes por tráfico de entorpecentes e histórico como como adolescente infrator.
Derrite pretende estender a possibilidade de recompensa na busca de outros criminosos. Ele citou casos envolvendo a morte de policiais na Baixada Santista, entre outros. "Acredito ser esse um excelente dispositivo para a solução de crimes que movimentam a opinião pública, como foi o caso desses policiais aqui no litoral."
Na madrugada desta quinta (8), dois homens que teriam ligação com o PCC foram alvejados durante operações policiais, disse o secretário. Um morreu e outro está hospitalizado. Um tonel de drogas foi interceptado em Cubatão — por isso, a polícia está intensificando o patrulhamento nas comunidades onde há indícios de tráfico de drogas.
No fim da tarde, foi presa na capital uma mulher que lidava com o dinheiro da facção criminosa, de acordo com Derrite. Em um apartamento no Tatuapé, na zona leste da capital, a polícia estima que apreendeu mais de R$ 800 mil — a ocorrência ainda está em andamento. Karen de Moura Tanaka Mori, conhecida como "Japa", será autuada por associação criminosa e lavagem de dinheiro. A reportagem tenta localizar a defesa.
Ela seria responsável pela lavagem de parte do dinheiro gerado pelo tráfico de drogas na Baixada Santista, por meio de empresas em nome de laranjas. De acordo com o delegado Arthur Dian, da Polícia Civil, a suspeita foi casada com Cabelo Duro, também do PCC. As investigações sobre a atuação da suspeita começaram em junho de 2023.
Não há prazo para as operações terminarem na Baixada Santista. A Operação Verão segue durante o Carnaval, com reforço de 3 mil homens, disse Derrite. Como força suplementar, a SSP-SP está deslocando 400 PMs e 150 policiais civis para combate ao crime organizado, que atuarão em buscas de alguns alvos — incluindo criminosos do PCC.
O secretário participou de entrevista coletiva em Santos, um dia depois de transferir o gabinete da Secretaria da Segurança Pública da capital para a Baixada Santista. O objetivo é supervisionar pessoalmente as ações.
Temos mandados de busca e de prisão. Pretendemos buscar as principais lideranças e asfixiar a quadrilha. Não tenho data para voltar a São Paulo. Vamos permanecer com o gabinete aqui em Santos até que nossas operações alcancem os objetivos que estamos traçando. Assim que Operação Verão findar, 400 agentes permanecerão na Baixada Santista.
Guilherme Derrite
Mortes na Baixada
Derrite não confirmou o número total de mortos durante ações da PM desde o último fim de semana na região — foram noticiados ao menos oito. A polícia afirma que um suspeito em fuga morreu ao cair de um prédio na mesma ação que deixou um PM morto e outro ferido na quarta (7) — o cabo José Silveira dos Santos, atingido por um tiro no abdômen e não resistiu.
Santos foi o terceiro policial militar morto em 13 dias; a primeira morte aconteceu em 26 de janeiro. Nesta data, o PM Marcelo Augusto da Silva, do 38° Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) de São Paulo, foi alvejado por três tiros quando voltava do trabalho para casa, em Diadema, de moto. Ele fazia parte do efetivo da Operação Verão. Na sexta passada (2), o soldado Samuel Wesley Cosmo, da Rota, tropa de elite da Polícia Militar, foi atingido por um tiro no rosto durante patrulhamento.
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