Policial militar morre e outro fica ferido durante patrulhamento em Santos
O cabo da PM José Silveira dos Santos, do 2º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), foi baleado na cabeça e morreu na manhã de hoje em Santos (SP), durante patrulhamento de rotina.
Ele e outro policial militar do 2º Baep foram baleados na rua João Carlos de Azevedo, bairro São Manoel, no litoral paulista. O outro PM, ainda não identificado oficialmente, passa por cirurgia e não corre risco de morte.
O delegado seccional de Santos, Rubens Eduardo Barazal, disse à coluna que os militares foram baleados durante troca de tiros com criminosos. A SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública) também foi procurada, mas informou que não tinha informação sobre a ocorrência.
O governador Tarcísio de Freitas usou o seu perfil no X (antigo Twitter) para se manifestar sobre o caso. "Minha solidariedade aos amigos e familiares do investigador Paulo Enrique da Silva e do Cabo PM José Silveira dos Santos. A triste morte de nossos policiais são resultado do combate constante e incansável contra o crime organizado em São Paulo. Tudo será investigado para a identificação e prisão de cada um dos criminosos envolvidos", escreveu.
O clima de tensão aumentou na Baixada Santista desde o último dia 2, quando o soldado Samuel Wesley Cosmo, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa de elite da Polícia Militar, morreu horas após levar um tiro no rosto, também em patrulhamento em Santos.
A câmera corporal acoplada na farda do policial militar registrou o crime e mostrou um homem atirando no soldado. Cosmo foi levado por colegas da Rota à Santa Casa de Santos, mas não resistiu aos ferimentos. O criminoso fugiu.
Logo após a morte dele, a SSP deflagrou a Operação Escudo na Baixada Santista, na tentativa de identificar e prender o autor do disparo que tirou a vida do soldado. Várias guarnições da Rota e de outros Batalhões de Choque foram mobilizadas.
Ações da Rota
As ações policiais — a maioria envolvendo homens da Rota — deixaram ao menos sete mortos. Seis deles deram entrada no IML (Instituto Médico Legal) da região como desconhecidos. Nas versões oficiais, "os militares foram recebidos a tiros por criminosos e revidaram à injustas agressões".
Em apenas uma ação da Rota, registrada no fim da noite de sábado (3), três homens morreram na avenida dos Bandeirantes, bairro Piratininga. No BO (boletim de ocorrência), consta que PMs faziam trabalho de campo na região conhecida como Vila dos Criadores e encontraram criminosos.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, os criminosos efetuaram disparos de arma de fogo contra os policiais militares e três equipes da Rota revidaram. De acordo com a alegação dos PMs, vários criminosos portavam mochilas e armas e fugiram pela linha férrea, mas três foram baleados e desarmados.
Um dos feridos, diz o histórico do BO., vestia blusa azul, calça jeans e tênis e portava um revólver calibre 38 e uma quantidade de drogas. Os três baleados foram levados para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), na zona noroeste de Santos, mas vieram a óbito.
O caso foi registrado na CPJ (Central de Polícia Judiciária de Santos). O BO informa também que "o local dos fatos não foi preservado e não foi feita perícia em razão do tumulto causado nas imediações e do eventual risco de novo confronto". As armas dos PMs foram apreendidas.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, tinha informado, em publicação no X (antigo Twitter), que dois confrontos envolvendo as equipes da tropa foram registrados. "Já os criminosos foram neutralizados pelas equipes de Rota. Seguimos em operações", escreveu.
Derrite afirmou que no Estado de São Paulo nenhum ataque contra policiais ficará impune e que os responsáveis por essas ações criminosas serão identificados e presos.
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