Prédio com 133 apartamentos é evacuado às pressas no litoral de São Paulo
Um prédio residencial com 133 apartamentos foi evacuado às pressas na tarde desta terça-feira (13) em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Não há vítimas, de acordo com as autoridades.
O que aconteceu
Três colunas do prédio estariam recebendo uma carga maior do que de fato aguentam, afirmou o Corpo de Bombeiros. Houve um "cisalhamento de três pilares", segundo a corporação — ou seja, uma ruptura por esforços.
Não há risco iminente de desabamento, conforme avaliação da Defesa Civil de Praia Grande. A informação foi passada pelo Corpo de Bombeiros.
Não há previsão para o retorno dos moradores a seus imóveis. Por volta das 18h20, a Defesa Civil liberou as famílias para retirarem documentos pessoais e animais domésticos que ficaram dentro dos apartamentos.
O prédio ficará interditado até a construtora apresentar "uma série de documentações técnicas", afirmou a Prefeitura de Praia Grande. A construtora JR foi notificada pela administração municipal — o UOL tenta contato com a empresa.
Não se sabe quais foram os motivos da sobrecarga. O Corpo de Bombeiros disse que as circunstâncias serão avaliadas em laudo estrutural de emergência.
Segundo a Defesa Civil do Estado, reparos emergenciais foram feitos após a evacuação para escorar as colunas danificadas. O objetivo, diz o órgão, é estabilizar a estrutura. "Nos próximos dias haverá novas vistorias para verificação de uma obra definitiva", informou.
Foram registradas também rachaduras em paredes próximas às janelas. A caixa d'água foi esvaziada, e os carros retirados para aliviar o peso no edifício.
O prédio, localizado na Avenida Jorge Hagge, no bairro Aviação, tem 23 pavimentos — sendo 19 andares residenciais, subsolo com garagem e o térreo. Dos 133 apartamentos, 80 são de moradores fixos e cerca de 50 são de veraneio, segundo a prefeitura.
Tremores antes da evacuação
Moradores relataram que sentiram dois tremores e um barulho alto antes da evacuação. Após o segundo tremor, o síndico pediu para que todos deixassem os apartamentos, segundo Pedro Henrique Oliveira, 40, que mora no 18º andar.
Pedro, que vive no local há quase três anos, só pegou a pasta de documentos da família, o celular e saiu às pressas. Em seguida, foi até o carro, para retirá-lo da garagem do prédio.
O segundo tremor ocorreu 10 minutos depois. Todo mundo se assustou e aí o síndico pediu para as pessoas evacuarem o prédio. No edifício do lado, alguns moradores disseram que sentiram algo também, mas ninguém sabia de onde vinha.
Pedro Henrique Oliveira
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