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Homem que ajudou fugitivos no RN diz que agiu sob ameaça: 'Iriam me matar'

O mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, preso pela Polícia Federal por fornecer abrigo e comida a Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, que fugiram do presídio federal de Mossoró (RN), disse em depoimento que agiu coagido.

O que aconteceu

Ronaildo afirmou que teve sua casa invadida pelos fugitivos e, sob ameaça, foi obrigado a fornecer ajuda aos dois. "Estava eu, minha esposa e meu menino pequeno. Aí, por volta de 23h, 0h, a gente estava quase dormindo já, invadiram a porta, entraram para dentro, pegaram eu e minha esposa. Disse que se eu não fizesse o que eles mandassem, iriam me matar, minha família. Aí eu fui obrigado a ficar assim", declarou o mecânico em depoimento exibido pelo Fantástico no domingo (3).

Segundo a PF, Ronaildo abrigou os fugitivos por quase uma semana em um sítio na zona rural de Baraúna (RN). Além do abrigo, o mecânico forneceu alimentos. Os investigadores também flagraram Ronaildo ao lado de Jânio de Sousa, outro preso por suspeita de ajudar Rogério e Deibson na fuga. Agora, a polícia quer saber se o mecânico foi de fato coagido ou se estaria ajudando os criminosos.

Ainda em depoimento à PF, Ronaildo e a esposa, Francisca Elizanda Miranda, admitiram ter recebido R$ 5 mil para repassar aos fugitivos. Ambos deram versões conflitantes sobre quem teria ligado para falar sobre o dinheiro. O mecânico alegou que quem ligou foi alguém com o DDD 21, do Rio de Janeiro. Francisca, porém, disse ter sido um homem que reside em Baraúna, identificado como Gustavo, que seria membro do Comando Vermelho, facção criminosa na qual Rogério e Deibson pertencem.

Buscas por fugitivos já duram 20 dias

Rogério e Deibson fugiram do presídio federal de Mossoró há 20 dias. Desde então, dezenas de agentes têm tentado capturá-los, mas, até o momento, sem sucesso.

No último domingo, a força-tarefa realizou cerco a uma fazenda de Baraúna, após moradores terem dito que viram os dois nas proximidades. A operação para capturar os fugitivos conta com auxílio de helicópteros, drones, cães farejadores, entre outros equipamentos. Também foram mobilizados mais de 600 agentes das forças de segurança da Força Nacional, estadual e federal.

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