Biomédica indiciada por morte de paciente é presa pela segunda vez em MG

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, pela segunda vez, a biomédica Lorena Marcondes em um condomínio de Nova Lima (MG), nesta sexta-feira (22). Ela foi indiciada ainda no ano passado pela morte de uma paciente de 46 anos após um procedimento de lipoaspiração.

O que aconteceu

Lorena Marcondes foi indiciada por homicídio doloso qualificado pelo motivo torpe e pela traição com dolo eventual pela morte de Íris Martins, que foi submetida a uma lipoaspiração realizada em 8 de maio de 2023 pela biomédica.

A vítima teria sofrido uma parada cardiorrespiratória e foi socorrida em estado grave até uma unidade de saúde, mas não resistiu, conforme informou a polícia, na ocasião.

A PCMG confirmou a prisão preventiva da biomédica, nesta sexta, em um condomínio de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ela foi levada para o presídio de Vespasiano, também na Grande BH, segundo a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas).

A biomédica já havia sido presa em outubro do ano passado, mas ganhou a liberdade logo na sequência.

Em nota, o advogado de defesa Tiago Lenoir disse ter entrado com pedido de habeas corpus no TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais).

A defesa da biomédica Lorena Marcondes, ao tomar conhecimento da prisão, imediatamente impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça. Ressaltamos que a biomédica estava aguardando a finalização do inquérito em liberdade, e desde o início das investigações, colaborou plenamente com as autoridades competentes. Confiamos na justiça e temos a convicção de que a verdade prevalecerá, restabelecendo a reputação e a liberdade de Lorena Marcondes.Tiago Lenoir, advogado de defesa da biomédica

Segundo a investigação, a biomédica realizava procedimentos cirúrgicos de grande porte, que devem ser feitos apenas por médicos e que, além da ausência dos aparelhos necessários para monitorar os pacientes, ela também fazia uso de medicamentos usados em cirurgias, como lidocaína e outros anestésicos.

O estabelecimento tinha autorização para funcionar apenas como clínica de estética, sem alvará ou estrutura física adequada para atendimento emergencial na realização de cirurgias,

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Na época, foram encontradas 10 perfurações no abdômen e duas nos glúteos da vítima e "sinais de importante hemorragia" que, segundo o chefe do IML, o médico-legista Lucas Amaral, podem ter ligação com a causa da morte. Segundo ele, nenhum órgão foi perfurado.

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