Em delação, Lessa revela plano para assassinar ex-presidente do Salgueiro

Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco (PSOL), afirmou, em delação premiada, também ter sido contratado para matar Regina Celi, ex-presidente da escola de samba Salgueiro.

O que aconteceu

Essa informação aparece em documentos divulgados neste domingo (24) pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Com mais de 400 páginas, as investigações trazem detalhes sobre as ações dos suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle, ocorrido em março de 2018.

Regina Celi Fernandes Duran. Lessa afirma ter sido contratado pelo contraventor Bernardo Bello, hoje foragido, para assassinar a então presidente do Salgueiro. Ele conta que essa tarefa foi passada por Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, morto em 2021.

Quarta-feira de Cinzas. Ronnie teria aguardado a apuração dos desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro juntamente a outro suspeito de envolvimento no caso Marielle —Maxwell Simões Corrêa, o Suel—, mas "perdeu o alvo após o seu encerramento". Segundo ele, isso ocorreu em 14 de fevereiro de 2018, uma Quarta-feira de Cinzas.

Pesquisas. A polícia também encontrou pesquisas feitas por Lessa sobre a presidente da escola e sua família. Entre 3 de maio e 10 de dezembro de 2017, foram sete relacionadas a Regina. Ele usou como parâmetros o CPF de Regina Celi, de sua filha, um telefone que seria de seu filho, além de CNPJ de empresa vinculada aos seus filhos.

Segundo a PF, na época, Regina disputava o seu terceiro mandato como presidente na escola de samba. Ela era apoiada por Shanna Garcia, filha do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, morto em 2004. O opositor de Regina na disputa era André Vaz, apoiado por Bernardo Bello.

A reportagem de UOL tenta contato com a defesa de Bernardo Bello. O espaço está aberto para manifestações.

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