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Jungmann: Segurança soube de ressalvas ao delegado preso no Caso Marielle

Ministro à época da morte de Marielle Franco, Raul Jungmann afirmou que soube das ressalvas à nomeação do delegado Rivaldo Barbosa para o cargo de chefe da Polícia Civil.

O que aconteceu

Ligação do delegado com "ilícito" teria motivado ressalvas. Colegas de Jungmann e a inteligência da Polícia Federal foram contrários à indicação por "determinadas participações do delegado em ilícitos", disse o ex-ministro à TV Globo. Ele não detalhou quais seriam os ilícitos.

Proximidade do delegado com a vereadora não levantou suspeita. Apesar das ressalvas iniciais, a pasta da Justiça não pensou na ligação de Rivaldo com o assassinato por causa da proximidade dele com Marielle. "Disse que era amigo dela e que ficou muito chocado com tudo aquilo", lembrou.

Órgãos estaduais não mostravam interesse em ajuda federal para investigação. "O retorno que eu obtinha era de que não havia interesse nas informações que eu levantava e que não havia qualquer demanda [do estado]", disse Jungmann.

Polícia Federal percebeu que investigação andava em círculos. Jungmann afirmou que foi informado sobre e que, durante a tentativa de federalização do caso, percebeu resistência dos órgãos locais.

Rivaldo Barbosa foi nomeado por Braga Netto. O general estava a frente da intervenção federal no Rio Janeiro, mas seus advogados alegam que a escolha do chefe da Polícia Civil não passou pelo militar.

Tomei conhecimento de que havia resistência à indicação dele, o que foi referendado por vários companheiros nossos, sem citar a própria polícia federa. Essas restrições estavam ligadas a determinadas participações em ilícitos.
Raul Jungmann, ex-ministro, à GloboNews

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