Júri de bolsonarista que matou petista durante festa em 2022 será na quinta
A Justiça do Paraná marcou para a próxima quinta-feira (4) o júri popular do policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de assassinar o guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores em Foz do Iguaçu (PR), em julho de 2022.
O que aconteceu
Julgamento acontecerá em Foz do Iguaçu. A informação foi divulgada por Daniel Godoy, advogado da família de Arruda e assistente de acusação, em publicação nas redes sociais neste sábado (30). Em vídeo, ele afirmou que o desfecho do caso será "extremamente relevante para a sociedade brasileira".
Arruda trocou tiros com Jorge Guaranho, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Situação aconteceu durante o aniversário do guarda municipal, que era eleitor de Lula e homenageava o PT em sua festa.
Não podemos admitir a existência de crimes de ódio praticados com violência política e que tem como pano de fundo o desrespeito à pessoa humana e a sua dignidade. Todos têm o direito de pensar, de viver e de existir de acordo com suas crenças, desejos e forma de ser.
Daniel Godoy, advogado da família de Marcelo Arruda e assistente de acusação
Relembre o caso
Vítima foi morta quando comemorava 50 anos. No dia 9 de julho de 2022, Arruda celebrava a data com amigos em Foz do Iguaçu.
Guaranho invadiu a festa. Aos gritos de "Bolsonaro" e "mito", segundo relatam testemunhas, o homem ameaçou os presentes e saiu. Depois, ao reencontrar Arruda, atirou no aniversariante, que também estava armado e revidou — mas não sobreviveu.
Arruda era casado e tinha quatro filhos. Ele era diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz (Sismufi), tesoureiro do PT municipal e foi candidato a vice-prefeito.
Suspeito segue preso
Policial penal é réu por homicídio duplamente qualificado (por motivo fútil e com perigo comum). No último dia 19, o advogado Cláudio Dalledone deixou sua defesa por "inadimplemento contratual".
Guaranho foi demitido por conta do crime. Ele trabalhava no presídio federal de Catanduvas (PR) e cometeu o assassinato com sua arma de trabalho, entre outras irregularidades. Até a saída de Dalledone, o suspeito se dizia inocente.
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